Milhares de médicos em várias capitais do País foram às ruas nesta quarta-feira (03) para protestar contra a medida de importação de médicos estrangeiros para atuar em áreas com déficit de profissionais, anunciada pelo governo federal. Para os manifestantes, a importação deve estar atrelada à metas de qualidade que incluam a passagem pelo Revalida, exame de validação do diplomado no exterior para atuar no Brasil.
A mobilização foi organizada por entidades médicas regionais, incluindo o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Em São Paulo, cerca de 500 manifestantes se reuniram em frente à sede da Associação Brasileira de Medicina (ABM), na região central da capital. O presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão, disse ao portal G1 que a prova realizada pelo próprio Ministério da Educação (MEC) reprova entre 80% e 90% dos avaliados, indicando que grande parte dos médicos virão não estarão aptos.
O protesto foi até a Avenida Paulista e seguiu em direção ao prédio onde fica o escritório da Presidência da República, na esquina da Rua Augusta. Chegaram por volta das 17h40 e uma comissão protocolou uma carta de reivindicações para a presidente Dilma Roussef. Em seguida retornaram à sede da ABM.
Na região do Masp os médicos cruzaram com outro grupo que se manifestava a favor da contratação de médicos estrangeiros. Houve discussão.
Capitais
Cerca de 200 médicos protestaram em frente ao Ministério da Saúde, em Brasília, contra a medida que pretende ?importar? profissionais estrangeiros sem a revalidação. Também defenderam a promulgação do Ato Médico pela presidente.
O grupo começou marchou através do Eixo Monumental e foram até o Congresso. Dois caixões – com fotos da presidente Dilma e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha – foram carregadas. A manifestação seguiu para a Praça dos Três Poderes e terminou em frente ao Palácio do Planalto.
No Rio, a manifestação ocorreu durante o período da manhã, na Cinelândia, no Centro da capital. Outros protestos tomaram forma em Curitiba (PR), Belo Horizonte (BH), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS), entre outras.
* com informações da Agência Brasil e do portal G1