Um novo modelo de assistência agilizou o diagnóstico de câncer no Hospital Estadual Pérola Byington, na capital paulista, de forma a acelerar o tratamento das mulheres vítimas da doença encaminhadas pelos postos de saúde. As Unidades Básicas de Saúde da prefeitura fazem a triagem e encaminham para o hospital apenas casos em que há suspeita de tumor maligno.
A partir de então as pacientes passam por biópsia e, em caso de confirmação da doença, dão início imediato ao tratamento. Os médicos do Pérola Byington treinaram 300 profissionais de Unidades Básicas de Saúde para que pudessem triar melhor as pacientes, identificando suspeitas de tumor benigno ou maligno e encaminhando para o hospital apenas as pacientes que pudessem ter, de fato, câncer.
Em seis meses, o número de atendimentos a casos realmente suspeitos de malignidade cresceu 30%. O modelo foi implantado pela Secretaria de da Saúde de São Paulo a partir deste ano.
Antes, somente 10% das mulheres encaminhadas pelo município ao hospital estadual tinham confirmação para câncer maligno. Atualmente esse índice subiu para 50%. Cerca de 100 mulheres com suspeita de câncer são atendidas na unidade.
Luiz Henrique Gebrim, diretor médico do Hospital Pérola Byington, explica que diminuiu o número de pacientes ansiosas e apreensivas por um diagnóstico maligno não confirmado. A fila de atendimento também foi reduzida.
O Pérola Byington é referência em saúde da mulher pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e realiza anualmente sete mil cirurgias de alta complexidade, provenientes de tumores malignos de mama, útero e ovário. A unidade também recebe 14 mil mulheres por mês, 20% de outros estados.