Um projeto de tecnologia inovadora para promover a inclusão social, de deficientes auditivos, desenvolvido em Manaus, ganha agora destaque em todo o país. O aplicativo Giulia – Mãos que falam auxilia deficientes auditivos a se comunicarem com as pessoas ouvintes que não conhecem a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Criado pelo professor Manuel Cardoso, doutor em Ciências, e um grupo de engenheiros do Amazonas, o projeto tem como objetivo oferecer diversos recursos de comunicação, inclusão e interação para deficientes auditivos.
Para utilizar o aplicativo, é necessário ter um smartphone ajustado ao pulso do usuário, com um sensor chamado magnetômetro – capaz de medir dados como a intensidade direção e sentido de campos magnéticos em volta. Ele é ativado quando o surdo faz os sinais em Libras, reconhecendo os movimentos e sintetizando em voz eletrônica o que corresponde cada gesto sinal no em português. “O Projeto Giulia vai aproximar os deficientes auditivos de outras pessoas e comunidades e proporcionará mais qualidade e liberdade de se comunicar”, conta Cardoso.
O Projeto Giulia conta com o apoio da Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid. A companhia, reconhecida pelo foco em inovação, já está adotando a tecnologia entre colaboradores com deficiência auditiva, na unidade de Manaus. “Acreditamos no Giulia, um produto de tecnologia 100% nacional que vai beneficiar significativamente os deficientes auditivos em situações profissionais e pessoais”, reforça Armando Ennes do Vale Jr, vice-presidente da Whirlpool.
Além da função de tradutor, o aplicativo reúne outros recursos disponíveis: a leitura de códigos de barra e QR Code em cardápios, caixas de remédios, opções de localizador, alerta, chat, babá eletrônica e despertador. “Identificamos muitas aplicações para facilitar a vida dos deficientes auditivos em situações cotidianas como uma visita ao médico, ir à escola, caso precise de algum atendimento em delegacia e até para se comunicar com seus familiares que desconhecem Libras. O aplicativo torna a comunicação possível e garante mais segurança ao deficiente auditivo”, destaca Cardoso.