Um sistema de purificação implementado na Dasa permite que 100% da água excedente utilizada em processos de filtragem e purificação retorne para a caixa de abastecimento e inicie um novo ciclo de tratamento. O procedimento faz parte da política de sustentabilidade da companhia e tem garantido a economia de 14 mil litros de água diários que seriam descartados na rede de esgoto.
Fabiana Barini, diretora da área de qualidade da Dasa, diz que o projeto utiliza a água excedente gerada nos processos de filtragem é transformada em água potável e, depois, reagente (tipo de água tratada especialmente para uso em laboratórios). De acordo com a executiva, apenas 1/3 da água envolvida no processo é aproveitada, enquanto os 2/3 restantes seriam simplesmente descartados.
Em todo o sistema de purificação, que conta com quatro máquinas, passam 3.200 litros por hora. Do total, apenas 200 litros seriam aproveitados durante as filtragens e os outros 600 seriam rejeitados. Toda a água utilizada em laboratórios clínicos deve ser rigorosamente tratada. Esse processo vai desde a visualização de seu aspecto até uma análise completa dos contaminantes.
A Dasa implementou os mesmos filtros, que inicialmente faziam parte do Núcleo Técnico Operacional (NTO) de Alphaville, aos demais NTOs da companhia, replicando a experiência para o NTO de Tamboré (que atende a marca CientificaLab), Duque de Caxias (Sergio Franco) e Cascavel (Laboratório Alvaro). Para atender as demandas das marcas Delboni Auriemo e Lavoisier Medicina Diagnóstica, o NTO de Alphaville está recebendo a quinta máquina, o que aumenta a circulação de água purificada para 1 mil litros por hora.
Como funciona
O sistema de purificação permite a transformação da água potável, recebida pelas redes de abastecimento, em água reagente (tipo específico para utilização em laboratórios). Em linhas gerais, durante o ciclo de tratamento, a água é submetida à deionização ? processo comum utilizado em laboratórios e na indústria para produzir solventes puros, isentos de íons ?, osmose reversa, filtros de carvão, sílica e outros processos de filtragem que identificam até microbactérias.
Como os purificadores iniciais ocupavam muito espaço físico e atrapalhavam o fluxo de trabalho nos setores, em 2009 a Dasa idealizou a centralização dos equipamentos em uma área específica, utilizando quatro aparelhos com capacidade total de obtenção de água purificada de 800 litros por hora da marca Elga Lab Water.
O projeto foi realizado em parceria com a Empresa Nova Analítica e com a Roche Diagnóstica Brasil. Os quatro equipamentos adquiridos são responsáveis por tornar a água purificada atendendo todas as especificações necessárias para o uso no Núcleo Técnico Operacional (NTO), local de processamento dos exames das marcas Dasa, situado em Alphaville.
Para o diretor de análises clínicas da companhia, Cláudio Pereira, o primeiro passo para a instalação desses equipamentos foi designar uma sala com 23 metros quadrados, além de realizar uma avaliação estrutural do local. A medida foi necessária para não sobrecarregar a estrutura, já que cada máquina em operação pesa cerca de 540 kg.
O passo seguinte foi realizar obras de infraestrutura, como instalações elétricas, controle de temperatura, instalação de água de alimentação e do sistema de pré-filtração, tubulação para efluentes e revestimento do piso. Também foi projetado um dique de contenção capaz de suportar possíveis vazamentos de água.
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