MACEIÓ (AL) – Servidores dos níveis médio e superior da saúde ameaçam entrar em greve na semana que vem, caso não avancem as negociações com o governo do Estado, para pagamento de atrasados referentes ao acordo, do ano passado, que viabilizou o reajuste salarial da categoria.

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Servidores e dirigentes dos sindicatos que compõem o segmento realizaram ato público no pátio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), antes de reunião com o titular da pasta, Herbert Motta. Em seguida, realizaram assembleia para definir sobre a mobilização.

A categoria reúne cerca de 8,5 mil profissionais não-médicos que prestam atendimento e trabalham nas unidades da rede estadual de saúde, como enfermeiros, odontólogos, psicólogos, assistentes sociais, e servidores de nível médio, como auxiliares de enfermagem, técnicos em radiologia e instrumentadores. A negociação salarial dos médicos é feita separadamente.

Secretário critica mobilização

O secretário estadual de Saúde, Herbert Motta, criticou o Sindicato dos Médicos por, segundo ele, aproveitar um momento de fragilidade na resolução de problemas no setor, para obter aprovação do plano de salários da categoria e melhorias salariais.

Integrantes de algumas especialidades deram prazo ao governo para resolver o impasse salarial, ameaçando pedir demissão e deixando de atender recém-nascidos na Maternidade Escola Santa Mônica e vítimas de trauma no pronto-socorro de Maceió.

Após o anúncio de demissão coletiva, houve reunião na Defensoria Pública que decidiu, entre outros pontos, pela implantação do plano, mas com salários acima dos praticados agora.

Ministério da Saúde sugere novo sistema

Em meio ao caos que se abateu sobre a saúde pública em Alagoas, a contratualização de serviços é a única saída apontada pelos gestores para sanar parte do problema. Ontem, durante um fórum com secretários municipais de Saúde, técnicos do Ministério da Saúde apresentaram como o sistema vai funcionar. Para os secretários estadual e municipal, isso pode pôr fim à suspensão das cirurgias eletivas realizadas pelo Sistema Único de Saúde.

“Com a contratualização, os hospitais irão ter que definir qual a sua capacidade de atendimento e os serviços que atenderão”, sustentou o secretário municipal de Saúde, Francisco Lins.