Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual Paulista (Unesp) revelou que profissionais da Divisão Regional de Saúde 10, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo, em Bauru, não apresentam boas condições de saúde. O estudo apontou um risco elevado para o desenvolvimento de doenças cardíacas entre enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e assistentes sociais. Dos 120 funcionários que participaram do estudo, 84% apresentavam risco de ter algum problema no coração, segundo a pesquisa.
Segundo informa a Agência Fapesp, o questionário aplicado aos trabalhadores considerou a predisposição genética, o sedentarismo e o tabagismo dos entrevistados, além de ter sido realizada uma série de exames médicos, laboratoriais e físicos em todos os voluntários.

Os pesquisadores traçaram o histórico de saúde de cada profissional, com base em informações como a freqüência cardíaca e a pressão arterial, em diferentes situações de trabalho. Foram verificados ainda o peso, a altura, o índice de massa corporal, o perfil lipídico e o porcentual de gordura.

Os resultados apontaram 73% dos profissionais de saúde com índices de gordura corporal acima do recomendado, 63% como totalmente sedentários, 53% com capacidade cardiorrespiratória abaixo do normal, 52% como acima do peso, 47% como hipertensos, 45% com colesterol alto e 17% como tabagistas.

Para Henrique Luiz Monteiro, professor do Departamento de Educação Física da FC e um dos autores da pesquisa, a justificativa para a prevalência desses problemas é simples: a maioria dos profissionais estudados trabalha sob estado de estresse, devido à sobrecarga de trabalho.

Segundo os pesquisadores, os próprios funcionários não tinham noção de suas condições de saúde, o que os levou a procurar auxílio médico depois de saber dos resultados.