A indústria de produtos para saúde é um dos setores mais dinâmicos da economia mundial, com faturamento anual estimado em US$ 300 bilhões (2012), cerca de 30 mil indústrias ao redor do mundo e mais de 1 milhão de empregados, de acordo com o Brazilian Health Devices.
O dinamismo se dá pela abrangência de produtos, sendo mais de 20 mil diferentes, segundo a OMS, que variam de um simples abaixador de língua aos mais sofisticados e vitais equipamentos para prevenção, diagnóstico, tratamento, monitoramento de doenças e reabilitação de pacientes.
Os produtos para a saúde podem ser classificados em três categorias principais: equipamentos (Raio X, Ressonância Magnética e outros aparelhos), materiais (próteses e implantes como stent e marca-passo) e suprimentos médico-hospitalares (gaze, linha para sutura, etc.).
LEIA MAIS
Posição do Brasil
De acordo com dados divulgados pela Abimed, durante lançamento de seu novo posicionamento no mercado, o Brasil é o sétimo mercado mundial em produtos para a saúde, com um faturamento ao redor de US$ 11 bilhões (2013), responde por 0,4% do PIB brasileiro. O setor tem crescido ao redor de dois dígitos e de maneira sustentável nos últimos 10 anos, alcançando índices bem acima do mercado.Para a entidade, esses resultados podem ser atribuídos ao envelhecimento da população, expansão das classes C e D, aumento do número de empregos formais e mudança do perfil epidemiológico do País, entre outros fatores.
Atualmente, existem 13.800 empresas que fabricam ou comercializam produtos para a saúde no Brasil. Ao todo, empregam cerca de 130 mil trabalhadores – 46% na indústria e 54% no comércio -, sendo que 8,4% das empresas respondem por 91,7% do contingente do setor. Do total de empresas, cerca de 80% são pequenas e médias, a maioria concentrada em São Paulo.
Por ser um setor com um ciclo de vida do produto extremamente curto, a Abimed prepara uma série de iniciativas para acelerar o processo de inovação das empresas brasileiras.
Para se ter uma ideia da situação brasileira, o País ganhou três posições no Índice Global de Inovação 2014 – elaborado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), Cornell University (EUA) e Insead (escola francesa de administração) – ficando em 61º lugar entre 143 países, mas abaixo de países como Barbados, Chile e Panamá.
Competitividade: O Brasil perdeu quatro posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial entre 2011 e 2014. Passou da 53ª posição entre os mais competitivos em 2011 para a 57ª posição em 2014, em um universo pesquisado de 144 países.
Patentes: O Brasil ocupa a penúltima posição no ranking de patentes válidas, segundo relatório da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Entre 20 países analisados, o Brasil ocupa a 19ª posição e só ganha da Polônia. Enquanto o número de pedidos de patentes cresceu 5,1% em 2012, na China, o aumento foi de 24%. A espera por uma concessão de patente no Brasil pode ultrapassar 10 anos.
Redes globais de produção: O Brasil tem baixa participação nas redes internacionais de produção, segundo o Relatório Mundial de Comércio 2014 publicado pela Organização Mundial de Comércio (OMC). O País divide a lanterna com Argentina e África do Sul. A participação nessas redes eleva o patamar tecnológico e de conhecimento dos países e aumenta sua competitividade.