O Ministério da Saúde importa US$ 8 bilhões por ano em medicamentos, equipamentos e insumos e exporta apenas US$ 2 bilhões. Mas se depender do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o Brasil irá mudar esse cenário. Na última segunda-feira (06), durante o 63º Fórum de Debates do Projeto Brasil: “A Universalização da Saúde: o Papel do Estado e do Setor Privado”, o ministro voltou a defender o fortalecimento da capacidade nacional de produção do Complexo Industrial da Saúde. A intenção do MS é de reduzir a dependência do conhecimento estrangeiro e incentivar o desenvolvimento econômico, assim como garantir atendimento à população e gerar economia à rede pública.
Para alcançar o objetivo, o ministro apontou algumas estratégias para atrair empresas para o Brasil, como usar o crescente mercado nacional, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como grande financiador e o poder de compra do Estado. Na área de equipamentos, o governo representa quase 50% do mercado; em vacinas, mais de 90%; e em medicamentos, cerca de 25%.
Quando o assunto é a redução do déficit, Temporão adiantou que o Grupo Executivo Intergovernamental do Complexo Industrial da Saúde, coordenado pelo ministério, finaliza uma série de medidas de impacto, como projetos de lei e iniciativas de políticas de estado. Vale lembrar que em abril deste ano o ministro anunciou nove parcerias entre sete laboratórios públicos e 10 empresas privadas para a produção de 24 fármacos a serem utilizados por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se uma economia média de R$ 160 milhões por ano com as novas parcerias.
Produção local para diminuir custos
Temporão defende a redução da dependência estrangeira
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