Um sistema de identificação por biometria está sendo usada em alguns municípios do Rio Grande do Sul para facilitar a aposentadoria dos cadastros em fichas de papel, além de reduzir custos, controlar procedimentos e medicamentos e prevenir fraudes com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo sistema está em fase de estudos para implantação nas secretarias de saúde dos municípios gaúchos de Candelária, Gravataí e Santa Rosa. Um dos problemas que serão corrigidos será a identificação biométrica precisa de pacientes homônimos. Confusões neste tipo de cadastro podem prejudicar o registro de consultas e procedimentos médicos.

A identificação biométrica acaba com as chances de equívoco em cadastros e informações de pacientes, diz Normênio Momm, analista de sistemas da IPM, empresa que desenvolve a tecnologia. No modelo atual, pacientes com nomes comuns, como Maria de Jesus ou José da Silva, por exemplo, correm o risco de serem medicados erroneamente.

Outro problema evitável com o uso da tecnologia é a fraude em recursos para procedimentos de alto custo no SUS.

Nuvem

Segundo a IPM, a biometria atende diretrizes do Ministério da Saúde, que tem buscado dar mais transparência aos recursos utilizados na área e garantir o acesso dos usuários aos serviços do SUS. A tecnologia, que funciona em cloud computing, permite a identificação do paciente e a confirmação dos procedimentos realizados junto a hospitais, clínicas e laboratórios conveniados ao SUS.

O profissional da saúde também será identificado pela biometria, acabando com a exigência de logins e senhas de acesso. A tecnologia segue os padrões da resolução CFM Nº 1821/2007 adotados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).

A previsão da IPM e das prefeituras gaúchas é iniciar a implantação do sistema biométrico na área da saúde ainda neste ano.