Ao encerrar o Saúde Business Forum 2013, o palestrante e professor de filosofia Mario Sergio Cortella enfatizou a importância do não conformismo, do ser não pusilânime nas figuras de dois conhecidos Franciscos: o de Assis e o novo papa. E é essa a ideia que está impressa nas próximas páginas: a proposta de enfrentar as dificuldades com coragem e deixar o ser acovardado para trás. Mas o que nos exige tanta coragem?
Para Marina Silva, ex-senadora e ex-ministra do meio ambiente, uma crise civilizatória precisa ser ultrapassada com força e ética, e como ela mesma comentou em sua apresentação, para este tipo de crise é necessário muito mais que um grupo, uma pessoa ou um partido político, é preciso o envolvimento de todos e ?tudo ao mesmo tempo agora?. É necessário refazermos nossos questionamentos enquanto humanidade, não apenas sobre as crises econômica, social e ambiental que vivemos, mas também sobre os nossos valores éticos.
O economista Eduardo Giannetti, também um dos keynotes do Saúde Business Forum, questionou como será o Brasil de amanhã, que hoje enfrenta um grande desafio em uma das suas principais riquezas de desenvolvimento: o capital humano. Diante das expectativas de envelhecimento populacional e em pleno bônus demográfico – momento em que a maior parte da população é economicamente ativa – considerado mágico e único para a vida de uma nação, o que tem vigorado no País é a baixa qualificação das pessoas, sendo 36% consideradas analfabetas funcionais do montante que egressa no ensino superior, conforme analisou o professor. O Saúde Business Forum teve a proposta de apontar caminhos e ajudar a você, caro leitor, a crescer de forma sustentável e sustentada mesmo em cenários desafiadores como os citados acima.
O nosso tempo pede líderes que consigam enxergá-los e que tenham coragem de enfrentá-los. E, logicamente, diante deste contexto, na Saúde, há de se ter não só a coragem, mas também o entusiasmo pelo diálogo entre os elos. Isso é o que você verá no IT Mídia Debate deste mês, em que executivos de hospitais e de empresas fornecedoras de sistemas de TI para a Saúde discutiram os ?gaps? entre o que se espera do mercado e o que este, realmente, oferece. Há ainda muito o que se aprimorar, mas a premissa de um diálogo aberto e transparente se mostra fundamental nesta relação.E, sem dúvida, o ser pusilânime terá de ficar para trás, assim conseguiremos enfrentar tamanhos obstáculos e trabalhar cada vez mais rumo a um setor mais ético e sustentável.
Por último, agradecemos aos parceiros que nos ajudaram a desenvolver o conteúdo do Saúde Business Forum:
Fundação Dom Cabral, Revista Melhores Práticas, Korn/ Ferry, Anahp, Asap, Claudio Giulliano e Sergio Lozinsk
(Antes da TI, a estratégia na Saúde), e a todos os que estiveram presentes.