Um prédio de 14 andares no Itaim-Bibi, na zona sul de São Paulo, foi interditado nesta quinta-feira (13) sob risco de desabamento. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Edifício Ivany, no número 6 da Rua Desembargador Aguiar Valim, esquina com a Avenida Santo Amaro, teve três colunas danificadas por uma obra do Hospital São Luiz, vizinho e dono de parte do prédio. Moradores tiveram de deixar o prédio e ficarão fora de casa por tempo indeterminado.
No edifício moram cerca de 100 pessoas, em 29 apartamentos, cada um de 110 metros quadrados, em média. No térreo funciona uma galeria de lojas e, logo acima, há uma área usada como vestiário dos funcionários do Hospital São Luiz. Ambos pertencem ao hospital.
No começo de agosto, o hospital iniciou obras no subsolo da galeria, onde há um estacionamento usado pelos condôminos. No dia 11 daquele mês, moradores sentiram o primeiro tremor e o prédio chegou a ser evacuado por algumas horas. A Defesa Civil foi acionada, mas nenhum risco iminente foi constatado. A garagem subterrânea, porém, foi interditada, e os carros dos condôminos tiveram de ser levados para um estacionamento particular ao lado do prédio. A conta foi paga pelo São Luiz.
Na quinta-feira (13), porém, às 8h30, um forte abalo chegou a derrubar um morador da cama, segundo relatos. Às 9h10, os bombeiros, a Defesa Civil e a Subprefeitura de Pinheiros foram acionados. Os moradores tiveram poucos minutos para pegar seus pertences e sair do local.
De acordo com moradores, o hospital estava reformando um espaço que era um antigo cinema.
A Assessoria de Imprensa do São Luiz afirmou que “como o condomínio necessitava de melhorias em sua estrutura, o hospital se propôs a contratar a empresa que realizaria a obra, conforme aprovação em assembleia”. A obra tinha autorização da Prefeitura de São Paulo.
Segundo reportagem, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SP) disse que vai apurar se os profissionais responsáveis pela obra estão habilitados e se houve algum tipo de erro. Se algum erro for constatado, eles serão responsabilizados administrativamente.
Fonte: com informações do jornal O Estado de S.Paulo