Aceleradoras de tecnologia nunca expressaram interesse em apoiar as empresas biotecnológicas, pois o desenvolvimento farmacêutico demora muitos anos, é caro e é uma proposição de alto risco. Porém, a compensação é salvar ou melhorar vidas, então há esse ponto a ser considerado.
Apesar disso, talvez, como sites de financiamento público começaram a esquentar as coisas para companhias biotecnológicas e alguns sites estão até se focando em financiamento público para as empresas do setor de ciências da vida, a Y Combinator tem visto um caminho a seguir. Em uma entrevista com a Nature, Sam Altman e Elizabeth Irons, da Y Combinator disseram que eles estão procurando startups de biotecnologia com uma face de software.
Sam Altman disse:
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”Há seis anos, os custos de iniciar uma companhia biotecnológica não funcionaria no nosso modelo: levaria milhões de dólares para chegar a qualquer lugar. Mas a paisagem mudou. Nós notamos, durante o ano passado, mais e mais empresas biotecnológicas promissoras perguntando sobre a Y Combinator. Eu acho que existe uma tendência para que as startups de biotech comecem a se parecer mais com as startups de softwares. Em dez anos, não será estranho para uma firma biotecnológica começar da mesma forma que uma companhia de software faz, e nós queremos estar no começo da fila dessa tendência.”
Após reestruturar a fórmula de investimento, serão investidos $120,000 em companhias que estão dentro desses critérios — o equivalente a uma concessão de Small Business Innovation Research, da NIH.
Quando perguntado sobre quais companhias eles investiriam, Irons identificou alguns negócios que já tinham sido investidos: Benchling – uma ferramenta que analisa e compartilha informações genéticas e Science Exchange and Experiment.com – uma plataforma de financiamento público para ciências da vida. Dentre as companhias que ela ajudou a aconselhar com a Science Exchange está a OncoSynergy, uma startup da incubadora do Instituto de Biociências Quantitativas da Califórnia, que está trabalhando na cura para o câncer de cérebro. Ela também destacou a Perlstein Labs, uma companhia que está desenvolvendo curas para doenças raras estabelecidas por Ethan Perlstein.
Houve investimento também no Immunity Project — que está desenvolvendo vacina para o HIV e está levantando fundos por financiamento público. Ele acabou com alguma controvérsia para o críticos que dizem que há uma falta de dados revisados.
As startups de biotecnologia tem sofrido por causa da redução de subsídios federais relacionado aos cortes governamentais, então financiamento público e agora, a Y Combinator, oferece a chance de melhorar a angariação de fundos no começo. Porém parece existir um certo medo de que a ciência por trás dessas companhias não será assunto das mesmas disciplinas do que empresas biotecnológicas tradicionais. Altman respondeu às criticas ao Immunity Project assim:
”A comunidade de biotecnologia não deveria ficar feliz que há mais pessoas tentando fazer isso e há mais pessoas financiando seus trabalhos? Eu acho que devíamos ter muitas pessoas tentando desenvolver vacinas para o HIV. O custo mudou tanto que eles podem agora fazer isso com muito menos dinheiro e muito mais rápido do que os laboratórios tradicionais. E nós iremos fundar mais companhias biotecnológicas e muitas delas vão parecer não tradicionais.”
Traduzido e adaptado de: MedCity News