Além disso, devem injetar insulina, hormônio que deveria ser produzido pelo pâncreas. Esta rotina é especialmente dificultada no caso de crianças, já que, caso não monitorem seus níveis de glicose, podem sofrer de problemas nos nervos e nos rins, problemas de visão e uma diminuição da expectativa de vida.

Há muitos anos, empresas tentam criar soluções que possam ser oferecidas para estes pacientes passarem a ter uma melhor qualidade de vida. Agora, o primeiro tratamento com o uso de células-tronco está sendo realizado. Em outubro, um indivíduo de San Diego inseriu em seu próprio corpo algumas células pancreáticas desenvolvidas a partir de células-tronco. Dois outros pacientes receberam também a combinação. A empresa responsável pelo desenvolvimento é a ViaCyte.

Este é um passo importante não só para o tratamento do diabetes, já que é apenas o terceiro estudo com células-tronco acontecendo nos EUA. Segundo o médico responsável pelas cirurgias, Robert Henry, da Universidade da Califórnia, a ciência está tentando criar soluções, mas, após anos de estudo, não há nada a oferecer para os pacientes. Há um estudo chamado de Edmonton Protocol, publicado no New England Journal of Medicine, nos anos 2000, que usa células coletadas de cadáveres, transplantando-as para indivíduos com diabetes. Neste caso, os sete pacientes sob o estudo permaneceram sem necessidade de insulina por um período de um ano.

Em longo prazo, apenas cerca de metade dos pacientes conseguiram se manter sem a necessidade do uso de insulina. Estes resultados, no entanto, promovem maior pesquisa de tecnologias fabricadas em laboratório.

Apesar do conceito ser simples, a prática tem se mostrado muito mais complicada. Segundo Kevin D’Amour, Chief Scientific Officer, quando ele chegou à empresa, há 12 anos, a substituição por células-tronco parecia óbvia, mas isso se tornou uma grande batalha ao longo dos anos. A principal dela é tornar as células-tronco em células pancreáticas funcionantes e reais, especialmente as células-beta que fazem a secreção de insulina.

Além disso, deve haver uma técnica para burlar o sistema imunológico, que, provavelmente, atacaria as células transplantadas. A ideia vem em uma cápsula com cerca de 40 milhões de células imaturas criadas no laboratório, com o propósito de fazer um screening do sistema e permitindo que as células transplantadas possam ser regadas pelo sistema sanguíneo.

A ideia é uma esperança para pacientes que devem se preocupar 24 horas e 7 dias por semana sobre o que devem comer, como devem compensar o que foi ingerido com insulina e outros cuidados a serem tidos. No vídeo abaixo, a empresa explica um pouco sobre sua atuação e a relação com os pacientes.

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