Quando solicitado a fazer um balanço dos últimos 12 meses, o administrador geral do Hospital Bartholomeu Tacchini, Armando Piletti, enumera os novos investimentos, a conquista da acreditação nível 3, a ampliação dos serviços e do número de vidas no plano de saúde e a melhoria dos processos de qualidade.
Mas e a crise econômica que assustou o mundo inteiro neste período?
De acordo com o administrador, ela quase passou despercebida. “O impacto foi muito pequeno e, neste ano, ainda aumentamos nossa margem operacional. Atribuo este resultado a dois fatores: a melhoria do nosso sistema de negociação para compras e o crescimento do número de clientes do nosso plano de saúde, o que teve mais representatividade na receita e deixou mais recursos disponíveis no caixa”, conta Piletti.
No entanto, o executivo reconhece que não existe blindagem contra cenários econômicos adversos. “Não há como proteger o hospital destas anomalias externas, mas conseguiremos reduzir muito o impacto se aperfeiçoarmos constantemente os programas de redução de custos, aliados à qualidade, racionalizando processos e aumentando o desempenho.”
Entre as ferramentas para analisar os investimentos e proteger os ativos está um sistema informatizado que analisa a funcionabilidade dos equipamentos e mede o custo/benefício das novas aquisições, de forma que não haja tecnologias obsoletas ou inutilizadas. “O sistema informa, por exemplo, se a amortização da compra de um novo equipamento será ou não superior ao atual custo de manutenção. Com isso, conseguimos eleger prioridades, sempre direcionadas à melhoria da assistência médica.”
Além disso, para garantir o cumprimento do planejamento estratégico e, principalmente, do orçamento, o hospital conta com o Sistema Integrado de Gestão (SIG), composto por uma equipe multiprofissional de 20 membros, que representa as mais diversas áreas da instituição e estabelece as metas para o ano.
“Temos 67 centros de custos. Todos os anos, estas áreas fazem suas projeções e nós acompanhamos periodicamente os resultados. Quando algum setor enfrenta dificuldades, toda a equipe do SIG trabalha para ajudar, com sugestões que visem ao alcance do resultado, sem comprometer a qualidade.”
Um exemplo é a área de suprimentos, que conta com o envolvimento de todas as equipes para padronizar os materiais e medicamentos de acordo com os protocolos utilizados. “Antes de adquirir qualquer insumo, sempre nos perguntamos o que há no mercado com boa qualidade e menor custo”, cita.
Em fase de planejamento estratégico e elaboração do orçamento, o hospital está agora elegendo áreas e ações prioritárias para 2010, mas já adianta que haverá um novo serviço regional de radioterapia e um Instituto de Ensino e Pesquisa.
“Todas as ações têm como objetivo melhorar os serviços e aumentar a capacitação, o que nos levará a ampliar nossa referência regional e market share.”
Na área de Recursos Humanos, a meta é trazer a gestão para mais perto do dia-a-dia dos funcionários. “Queremos que os coordenadores sejam facilitadores da melhoria nas condições de trabalho e que motivem as equipes a participar da gestão, de forma que os colaboradores sintam que os resultados dependem não só do todo, mas também de seu esforço individual.”
Para Piletti, a motivação interna e o envolvimento com a sociedade explicam o bom desempenho do hospital. “Atribuo nosso sucesso nos resultados à gestão compartilhada, com participação intensa do corpo clínico e do conselho de administração, além da sintonia com a população. Conhecemos o município e isso nos permite crescer de acordo com as necessidades de seus habitantes”, conclui.
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