Chicago (EUA) – Com foco estratégico nos países emergentesnos últimos três anos, a área de Cuidados com a Saúde da Philips está definindo novas ofertas para atender às necessidades de clientes de diversos perfis, dos que adquirem equipamentos high end e já têm recursos em caixa para as aquisições, aos que estão focados na linha low end e precisam de opções de financiamento.

Uma das novidades é o projeto-piloto, desenvolvido junto ao Fleury, de pay per use. A Philips instalou 50 equipamentos, de ressonância magnética, ultrassom, raios-X e tomografia, em várias unidades da rede, e receberá um percentual sobre os exames realizados por mês nestas máquinas. O cliente não paga nos dias em que os equipamentos ficam parados e tem direito a upgrades depois de um determinado período.

?Esta forma de negociação é direcionada aos clientes que têm uma grande necessidade de investimentos imediatos, mas não querem fazer um alto investimento inicial e nem buscar financiamento. As redes de medicina diagnóstica seriam um alvo potencial para este modelo?, conta o vice-presidente de Cuidados para Saúde e Sustentabilidade da Philips para a América Latina, Daurio Speranzini Jr.

Com o aumento do poder econômico nas nações em desenvolvimento e a queda nas vendas de equipamentos em países maduros da Europa e também nos Estados Unidos, ofertas como esta vão aumentar o percentual de contribuição dos LIRC (América Latina, Índia, Rússia e China) sobre a receita total da empresa. ?A América Latina já é a segunda maior compradora de ressonância magnética do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos?, cita Speranzini Jr.

?A Philips vai compartilhar os riscos com seus clientes e acredito que este tipo de oferta é uma forma de nos diferenciarmos dos nossos concorrentes. Nossos consumidores vão trabalhar focados no cuidado com o paciente e nós vamos tomar conta dos equipamentos?, explica o vice-presidente sênior e CEO de mercados emergentes, Ronald de Jong.

A ampliação de mercado também se dará por aquisições, tanto para ampliar portfolio, especialmente em equipamentos low-end, quanto para adquirir market share. ?O crescimento por aquisições ainda é uma estratégia da Philips para a área de saúde, mas, como o mercado mudou, não deveremos mais ter negociações bilionárias, mas perseguiremos oportunidades menores, na casa dos milhões?, conta o CEO da Philips Healthcare, Steve Rusckowski.

Com aquisições, compartilhamentos de risco e novas opções de financiamento, a Philips pretende atingir seu objetivo final:a liderança em diagnóstico por imagem, cardiologia e home care nos países emergentes.

 *Cylene Souza viajou representando a IT Mídia a convite da Philips do Brasil