Chicago (EUA) – A Philips anunciou neste domingo, durante a reunião anual da Radiology Society of North America (RSNA – Sociedade de Radiologia Norte-Americana), uma nova estratégia para sua área de pesquisas: a análise quantitativa de imagens médicas. Hoje, os maiores investimentos em pesquisa das indústrias de diagnóstico por imagem se concentram no desenvolvimento de equipamentos mais sofisticados, que gerem imagens com mais qualidade, em menos tempo e utilizando doses menores de radiação. Se por um lado estas novas tecnologias possibilitam o diagnóstico precoce e a realização de exames mais precisos e menos incômodos para os pacientes, por outro, trazem mais complexidade à própria realização do exame, por exigir pessoas altamente qualificadas para operar os equipamentos; e à elaboração de laudos, por causa do grande volume de imagens gerado. Com a nova estratégia, a Philips espera reverter este quadro e tornar os diagnósticos mais acessíveis. “Temos que resolver um quebra-cabeça na saúde, encaixando três peças: melhoria da qualidade, aumento da demanda e controle dos custos. Com uma abordagem quantitativa para análises de imagens, esperamos que a qualidade na saúde seja equalizada, especialmente na área de oncologia”, diz o gerente de comunicação da Philips Research, Steve Klink.    A empresa espera estabelecer parâmetros clínicos que permitam um pré-diagnóstico, analisando evidências como dilatação do ventrículo cerebral, atrofia do hipocampo e hipometabolismo da região parieto-temporal para identificar demência, e rigidez dos tecidos para diagnosticar tumores no fígado, por exemplo. Isso deve reduzir a necessidade de equipes altamente especializadas para operar os equipamentos e elaborar laudos, o que torna a tecnologia acessível a instituições de saúde de diversos portes, em qualquer parte do mundo. A estratégia deve estimular médicos e pacientes a buscarem o diagnóstico precoce e, consequentemente, aumentar o número de procedimentos minimamente invasivos. “Há uma tendência de crescimento da área de intervenção e terapia guiada por imagem, com o uso de ablação para tratar alguns tipos de cânceres, por exemplo. Nesta área, nosso objetivo é que os equipamentos funcionem como um GPS para o corpo, tornando as cirurgias e irradiações mais precisas”, explica Klink. A nova abordagem da Philips para a área de saúde será posta à prova em 2010, com o início dos estudos clínicos na América do Norte.    * Cylene Souza viajou representando a IT Mídia a convite da Philips do Brasil.  Você tem Twitter? Então, siga http://twitter.com/SB_Web e fique por dentro das principais notícias do setor.