Aperfeiçoar o tratamento do câncer de pulmão e antecipar o diagnóstico ou a previsão de metástases (câncer em estado avançado). Este é o objetivo de um método pesquisado na Faculdade de Medicina da USP que usa marcadores gênicos para indicar a agressividade e a capacidade de expansão dos tumores, informa a Agência USP. A pesquisa foi conduzida pelo médico Hélio Minamoto, orientado pelos professores Fábio Biscelgi Jatene e Vera Capelozzi, no acompanhamento da evolução de 80 pacientes submetidos a cirurgias de extração de tumores em estágio inicial do pulmão, entre 1988 e 2001. Os estudos consistiram em medir a concentração de quatro proteínas (p53, AgNOR, MMP 9, CD 34). Tais proteínas são consideradas marcadores gênicos da origem das células cancerígenas e de sua difusão pelo corpo humano.
O Dr. Minamoto explica que os pacientes que apresentaram metástases tinham elevados níveis das quatro proteínas usadas como marcadores. Assim, se a medição fosse feita antes da cirurgia, seria possível identificar que os pacientes com níveis mais altos teriam maior probabilidade de desenvolver metástases mais agressivas. Segundo o médico, a classificação dos tumores com base na observação por microscopia ótica (estadiamento) não é capaz de diagnosticar a metástase em seu início.
Minamoto afirma que a tendência é o uso de vários marcadores para diagnosticar o câncer de pulmão, na técnica denominada painel de marcadores. De acordo com o especialista, as pesquisas sobre marcadores podem levar ao desenvolvimento de medicamentos inibidores da produção de proteínas associadas à origem e à disseminação de tumores pulmonares. O resultado é um aumento na sobrevida estimada dos pacientes.
Pesquisas avançam no diagnóstico de recorrência de câncer
Método mede nível de concentração de proteínas associadas ao desenvolvimento de tumores no caso de câncer de pulmão
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