Aplicações de ultra-som de baixa intensidade reduz o tempo de recuperação em até 40% das fraturas com dificuldades de regeneração dos ossos nos pacientes com pseudoartrose. Esse foi o resultado de um estudo recente realizado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FMUSP). A pesquisa que foi realizada com 40 pacientes, durante quatro anos, dividiu em dois grupos pacientes com lesões na tíbia. O grupo que foi tratado apenas com fixador levou 130 dias para ter a fratura regenerada, enquanto o outro grupo que foi tratado com ultra-som mais o fixador levou 100 dias.
O estudo constatou que as ondas de pressão produzidas pelo ultra-som atuam sobre os íons de cálcio do osso, direcionando-os e estimulando a regeneração, além do método não apresentar contra-indicação e poder ser usado em casos de fraturas que não necessitam de fixador externo.
A pesquisa utilizou um aparelho de ultra-som importado dos Estados Unidos, com tecnologia Exogen criada no Brasil na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, nos anos 70. A tecnologia que é pioneira, ainda é pouco utilizada nos serviços de saúde brasileiros.