Uma pesquisa com transplante de ilhotas pancreáticas (conjunto de células do pâncreas com um sensor para liberação de insulina) apresentou resultados positivos, ao diminuir a quantidade de insulina diária necessária. O procedimento foi realizado pelo Núcleo de Terapia Celular Molecular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, informa a Agência USP. A professora Mari Cleide Sogayar, coordenadora do Nucel, explica que um paciente recebeu quatro infusões de ilhotas e passou a tomar nove unidades diárias de insulina. Antes da cirurgia, o paciente utiliza 36 doses. O transplante também diminuiu os episódios de hipoglicemia. Segundo Mari, as ilhotas pancreáticas são sensíveis às variações de taxa de glicose no sangue.
A pesquisadora começou a fazer os transplantes em dezembro de 2002. A infusão das ilhotas é realizada no fígado, por se tratar de uma região bastante vascularizada, que fornece o suprimento de oxigênio necessário à sobrevivência do material. O órgão também é responsável pelo consumo da maior parte da insulina produzida no pâncreas.
A cirurgia para o transplante é de baixa complexidade, requer corte de 1 a 2 mm, anestesia leve e libera o paciente no dia seguinte à operação. O principal problema encontrado até agora é a necessidade de ministrar ao paciente drogas imunissupressoras para evitar a rejeição das células transplantadas.
Maiores informações podem ser obtidas com a professora Mari Cleide Sogayar, pelo telefone (11) 3091-3810 ramal 210.