Após o período do carnaval, hospitais paulistas enfrentam aumento significativo nas internações por COVID-19 e dengue, conforme dados divulgados pelo SindHosp. A pesquisa revela um panorama alarmante: 71% dos hospitais registraram aumento nas internações por COVID-19 e dengue. Em contraste com a pesquisa anterior, realizada há 30 dias, onde predominavam os casos de dengue, o atual levantamento mostra uma curva ascendente nos casos de COVID-19.

“Provavelmente, o resultado pode ter influência do período de carnaval, que permitiu grandes aglomerações e as altas temperaturas do verão que facilitam a propagação do mosquito da dengue em água parada. Importante comparar as duas pesquisas e verificar que há 30 dias, apenas a dengue aparecia nos hospitais. Os índices de covid estavam discretos”, avalia Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo.

Nos serviços de urgência, houve um aumento significativo de pacientes com suspeita de dengue e COVID-19, indicando uma sobrecarga no sistema de saúde. O estudo também revela que 60% dos hospitais registram aumento nas internações por COVID-19, com um tempo médio de permanência de 4 dias. A faixa etária predominante para pacientes com COVID-19 e dengue permanece entre 30 e 50 anos, demonstrando uma tendência consistente ao longo das pesquisas.

O tempo médio de internação para casos de dengue é de até 4 dias para 70% dos hospitais, em comparação com os 4 dias registrados na pesquisa anterior para 43% dos hospitais. Para Covid, 82% dos hospitais relatam um tempo médio de internação de 4 dias, enquanto 18% indicam um tempo médio de 5 a 10 dias. Na pesquisa anterior, 16% dos hospitais relataram 4 dias como tempo médio de internação, enquanto 84% indicaram de 5 a 10 dias.

Quanto à faixa etária predominante para pacientes com Covid, 67% dos hospitais apontam a faixa etária de 30 a 50 anos, mantendo-se o mesmo patamar da pesquisa anterior, que era de 68%. Para casos de dengue, 72% dos hospitais confirmam a faixa etária predominante de 30 a 50 anos, o que também se manteve na pesquisa anterior.