Erroneamente percebida como uma doença masculina, a rarefação dos cabelos pode atingir também as mulheres. Nos Estados Unidos, de acordo com a American Hair Loss Association, elas representam 40% dos pacientes com a queixa. “Hoje, estimamos que 6 a 10% das mulheres antes da menopausa possam apresentar a alopecia androgenética, condição determinada geneticamente. Já após os 65 anos, as taxas alcançam 50 a 70%”, informa a dermatologista Cristiane Dal Magro.
Diferente do quadro experimentado pelos homens, a alopécia de padrão feminino se apresenta dentro de maneira definida. “Ocorre progressiva redução na densidade dos fios e afinamento dos cabelos na região frontal do couro cabeludo”, descreve a especialista. Essa perda pode ser classificada em três estágios: no primeiro a redução dos fios vai de leve a moderada, no segundo ocorre redução frontal e rarefação difusa dos fios no topo da cabeça, por último a perda pode ser grave a ponto de mostrar o couro cabeludo.
Dado o impacto devastador sobre a autoimagem e o bem estar integral da mulher, pesquisadores seguem investigando o problema: “Estudos científicos recentes demonstraram graus variáveis de inflamação nos folículos capilares e pontos de fibrose no couro cabeludo dessas pacientes”.
O tratamento varia em função da idade da paciente e das anormalidades detectadas, mas compreende medicamentos de uso tópico e oral, com supervisão médica. “Recentemente, o uso de lasers não ablativos e lasers de baixa potência têm auxiliado no controle da doença”, comenta Dra. Cristiane.
Mensalmente, os brasileiros gastam mais de R$ 1 bilhão com serviços de cabeleireiro e são as mulheres em idade produtiva as maiores consumidoras. “Curioso vermos como muitas mulheres sofrem em silêncio diante dessa e de outras alterações que provocam a perda temporária ou definitiva dos fios. Diante dos sintomas, deve-ser procurar um dermatologista para adequado diagnóstico e condução do caso”, conclui.
Confira outras causas para a queda de cabelos:
Anemias.
Deficiência de ferro por má absorção ou ingesta reduzida.
Deficiências de vitaminas.
Dietas de emagrecimento com perda de peso acentuada.
Doenças de pele que levam a perda dos cabelos e à formação de cicatrizes.
Doenças infecciosas.
Problemas hormonais, com elevação das taxas de hormônios masculinos ou desequilíbrio dos hormônios da tireoide.
Processos químicos como tinturas e alisamentos.
Queda de cabelos temporária posterior a doença grave ou cirurgia ou gestação.
Quimioterapia.
Síndrome dos ovários policísticos.
Uso de determinados medicamentos e anticoncepcionais