O nome é estranho, mas os sintomas são comuns, bem semelhantes aos da conjuntivite: olhos vermelhos e secreção discreta. A diferença do tracoma, infecção bacteriana causada pela Chlamydia Trachomatis, é o desdobramento. “Tudo começa com alteração na conjuntiva, localizada sob a pálpebra superior. Caso não seja tratada, a doença pode tornar-se crônica e levar da formação de cicatrizes palpebrais, conjuntivais e corneanas à perda total da visão”, enfatiza a oftalmologista Micheline Borges, do Inob, em Brasília.
Como boa parte das infecções, a patologia está relacionada às condições sócio-econômicas e ambientais. No caso do tracoma, transmitido através do contato com secreções oculares e nasais contaminadas, a falta de higiene é a vilã. Populações que vivem em regiões onde não há saneamento básico são as mais atingidas. “Melhorar as condições de vida das pessoas que não têm acesso à água tratada para banhos regulares é a principal medida preventiva”, afirma a médica.
O diagnóstico do tracoma é clínico e pode ser complementado com exames laboratoriais a partir da raspagem da conjuntiva e estudo por imunofluorescência direta ou PCR. Após o resultado e dependendo do estágio da doença, o tratamento é feito com prescrição de antibióticos ou intervenções cirúrgicas.
Carla Furtado
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