O permanente conflito entre operadoras, prestadores e usuários, mais uma vez escorre pelas páginas dos jornais, desta vez em Brasília, com os pediatras suspendendo o atendimento de convênios e a CASSI às voltas com o mesmo problema junto à rede credenciada.

Embora tenha havido ajustes de preço nas tabelas nos últimos anos, o relacionamento entre médicos e operadoras é sempre tenso e desconfiado, porque nenhum dos lados está satisfeito, muito menos o principal personagem do sistema, que é o usuário.

Os mecanismos de fiscalização da assistência médica encarecem o processo e, por seu lado, os profissionais “enfiam a faca” para compensar sua baixa remuneração.

Médico não é adversário e os planos de saúde não são inimigos. Está na hora de harmonizar interesses, reduzir exigências e abrandar o espírito beligerante que reina no setor.

Está na hora dos planos de saúde criarem câmaras de ouvidoria e mediação, para conciliar os interesses e acertar o passo. Os usuários agradecem.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar e Ouvidor certificado pela Associação Brasileira de Ouvidores – Ombudsmann.