Acontece, entre os dias 18 a 22 de setembro, o Congresso Brasileiro de Reumatologia, em Porto Alegre. Dentre os destaques, estão a osteoartrite e a lombalgia.
A osteoartrite, mais conhecida como artrose, é uma doença articular degenerativa, que diminui a amplitude de movimento e instabilidade articular além de provocar dor. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 80% das pessoas com a doença têm limitações de movimento e 25% não podem realizar atividades da vida diária.
“Sabemos que a dor na osteoartrite é mais complexa do que só aquela originada na articulação. A cartilagem não apresenta nervos e se considera que a dor venha de múltiplos pontos, como o osso abaixo da cartilagem, ligamentos e músculos. Nestes pontos, descobriu-se que o fenômeno de sensibilização do Sistema Nervoso Central (SNC) à dor também ocorre. Sendo assim, a dor é mantida e amplificada por alterações de transmissores na medula espinhal e até mesmo no encéfalo”, afirma o reumatologista Eduardo Paiva.
Dr. Paiva explica que novidades no tratamento da osteoartrite são as medicações que agem diretamente na sensibilização do SNC. “Hoje a terapêutica para osteoartrite incluem antidepressivos tricíclicos e duais, que aumentam os níveis de neurotransmissores com ação analgésica no SNC. A duloxetina, que faz parte desta última classe, é aprovada pela Anvisa para o manejo da dor em pacientes com osteoartrite de joelhos”, acresce o especialista.