É entendido como gestão de processos o instrumento que orienta a modelagem e os procedimentos, considerando não só produtos e serviços prestados, mas também referências (normas e conhecimentos), recursos consumidos e insumos necessários à tomada de decisão. Ou seja, ela é, sobretudo, voltada ao alcance de resultados. No caso de instituições de saúde, a adoção de um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é considerada como um fator de melhoria para o gerenciamento de processos.
Estudiosos da área avaliam que um PEP é o primeiro passo (de muitos) para a implementação de um sistema eletrônico de saúde mais amplo. No Brasil, entre 5% e 9% dos hospitais já adotam o PEP desde 2010, mas o utilizam de forma isolada, sem comunicação entre os diversos elos da cadeia de saúde.
Em um contexto de melhoria na gestão da saúde, o PEP oferece ganhos de eficiência na gestão de processos, na contenção de desperdícios e, mais importante, na qualidade do atendimento ao paciente.
Ele é parte fundamental para a resolução de problemas de ordem clínica e administrativa orientando a gestão e a tomada de decisão. Além de ser documento legal da atuação médica, a ferramenta é fonte de informação para a pesquisa, ações administrativas e avaliação de desempenho dos profissionais da saúde.
Como parte importante de gestão de processos, um PEP não deixa de ser um meio de comunicação entre os vários setores do hospital e os diferentes atores envolvidos ao dar visibilidade aos casos, identificar a responsabilidade profissional sobre suas ações, fornecer apoio à pesquisa e à formação profissional.
Trata-se, portanto, de um depositário de um conjunto muito grande e rico de informações, capazes de gerar conhecimento, parte fundamental para a eficiência de uma gestão de processos.
Com o poder de administrar as informações geradas em todos os setores, a implantação de um sistema de gestão em uma instituição de saúde possibilita uma visão integrada dos processos organizacionais e o controle eficiente dos recursos, custos e resultados.