A presença feminina em áreas como Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática é ainda muito pequena comparada com o potencial da força de trabalho. Vemos isso com frequência em eventos de tecnologia e grupos científicos aqui no Brasil. Para entendermos um pouco do panorama, trouxe um estudo americano, da New Jersey’s Science & Technology University. Nos Estados Unidos, 50% da população e 49% da força de trabalho é feminina. No entanto, apenas 24% dos indivíduos trabalhando em áreas científicas são mulheres. Mesmo com o aumento da população feminina em Universidades, essas áreas permanecem com baixa adesão e a concentração está em Ciências Sociais e Ciências Médicas e Biológicas, deixando pouca participação para áreas tecnológicas, de engenharia e matemática.

Algumas diferenças são vistas, inclusive, na remuneração recebida por homens e mulheres. O salário médio masculino por hora é de US$36,34, enquanto o feminino é de US$31,11.

Mas então, quais os problemas que as mulheres enfrentam neste campo? O número de premiações científicas dadas a mulheres é cerca de metade do que deveria ser dado o número de mulheres com doutorado no país. Além disso, em processos seletivos, indivíduos com um mesmo currículo e gêneros diferentes podem ser selecionados por este último fator. Em um estudo citado no infográfico, tanto avaliadores homens quanto mulheres preferiram o candidato do sexo masculino em relação à candidata do sexo feminino.

Também segundo o infográfico, em testes realizados com crianças na educação básica, as meninas tinham resultados piores em habilidades visuo-espaciais quando eram levadas a acreditar que garotos eram melhores ou quando elas não recebiam informação alguma, deixando os estereótipos culturais operarem. Já para meninas que receberam a informação de que não há influência do gênero no resultado das tarefas, as notas foram mais altas.

Para fechar este gap, alguns comportamentos devem ser mudados ainda na fase escolar das meninas É necessário haver uma diversidade maior de programas e ter atividades que sejam equivalentes ao papel dado aos vídeo-games na vida dos meninos; uma exposição maior a projetos científicos desde cedo e; interação com mulheres bem-sucedidas das áreas científicas.

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