Se prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde quiserem melhorar os cuidados assistenciais, precisarão juntar forças para aumentar a quantidade de dados dos pacientes disponíveis para os clínicos, afirma o relatório da PwC. A incorporação dessa grande quantidade de dados dentro das organizações será crítica, conforme o cenário evolui para uma abordagem com base nos resultados. Segundo o relatório, os dados podem servir como ?uma poderosa arma? na briga para restringir os custos, mas, hoje, tendem a ficar presos em silos, seja na farmácia, na operadora, no consultório do médico ou no computador do paciente. Como resultado, os benefícios da informática ultrapassaram largamente os do paciente. Operadoras e prestadores têm ?um tesouro em dados?; a junção desses dados precisa ocorrer para transformar-se em informação valiosa. Alguns já começaram essa transição, juntando fontes díspares. Isso inclui experimentos dentro da formação de accountable care organizations (ACO ? grupo coordenado de prestadores de serviços para atender um determinado grupo de pacientes. Neste modelo, o reembolso está vinculado às métricas de qualidade e redução de custos), bem como a mobilização para compartilhamento do plano de saúde. O diretor de vendas da Digitech Systems, Sean Morris, confirmou as descobertas do relatório durante uma entrevista a Information Week Healthcare, observando que dois problemas surgem quando se fala em formar um sólida parceria entre operadoras e médicos: a tecnologia e a falta de confiança existente entre os dois grupos. Ambos têm o histórico de não confiar um no outro, devido aos incentivos financeiros pelos quais competem e ao atual sistema de serviços por taxa. ?Uma grande quantidade de informação única dos pacientes reside separadamente em bases de dados de operadoras e consultórios médicos. Quando essa informação é combinada, há uma visão muito mais completa da condição do paciente, levando o médico diretamente à melhoria do cuidado e, consequentemente, melhores resultados. Umas das dificuldades das duas partes é juntar essas tecnologias para implantar sistemas que compartilhem informações?. Enquanto a indústria se afasta do atendimento individual (que utiliza dados de pedidos médicos para fornecer serviços) para o atendimento personalizado, que visa a integração da informação clínica, social, genética e ambiental da pessoa para melhorar sua saúde como um todo, ainda está para ser construída a tecnologia requerida para apoiar este nível de conhecimento avançado. Mas a indústria está chegando lá e o primeiro passo é usar a tecnologia de informação em saúde para casar as informações em posse das operadoras, com a ?profunda informação clínica coletada pelos prestadores de serviços?, de acordo com o relatório. Isso permitirá que as operadoras construam um ?registro de paciente longitudinal e completo?, resultando em uma visualização abrangente do histórico do paciente. Para fornecedores, isso resulta em um aumento da eficiência nos consultório, redução de erros médicos e melhoria das iniciativas com foco na qualidade, como o Uso Significativo (Meaningful Use). O compartilhamento de dados tem o potencial de coordenar o cuidado e alinhar o reembolso com a melhoria dos resultados para os pacientes. ?A partir daí, é um passo muito mais curto para o objetivo final de redução de custos e melhoria de qualidade?. Parcerias entre as operadoras que tenham capacidade tecnológica e prestadores de serviços que tenham a expertise clínica ?criam a perfeita combinação de habilidades. Este time recém-formado pode, juntamente, estabelecer metodologias para medir efetividade e reportar os resultados alcançados com os pacientes, tudo concebido para dar mais autonomia tanto para o médico quanto para o prestador.? Fundir as informações armazenadas nos servidores das operadoras e dos prestadores oferece um enorme potencial para efetivamente atingir a saúde da população, o estudo conclui. ?Indo além e incorporando informações da farmácia, local de trabalho, características da comunidade e as próprias observações do paciente, será possível fazer a promessa da informática se tornar realidade. Não faltam oportunidades para inovar e ser o o próximo gerador de manchetes da indústria de amanhã.?