A visão estratégica do negócio é na realidade o sonho da organização, aquilo que deseja ser, desenhado ao longo prazo, ou o que deseja ser e como pretende ser reconhecida nesse futuro projetado.
Se a visão estratégica é o sonho que se projeta na realidade futura da organização, então a forma, o jeito, a mente e o espírito de uma organização pode ser trabalhado e projeto, fazendo com que a mesma venha a ser aquilo que sonhamos no presente.
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A formulação da visão é de vital importância e não deve ficar afeta apenas ao desejo de ser a maior, a mais rentável e a melhor reconhecida empresa no ramo em um determinado espaço geográfico ou temporal, é preciso ir além, e para isso é essencial que esse sonho (visão) não seja apenas estratégico e meramente apurado por lucratividade ou dividendos, é preciso incluir nesse sonho (visão) os componentes emocionais e espirituais, e com isso ser melhor em todos os sentidos e ser amada por clientes, fornecedores e colaboradores.
Para uma organização ser amada, o presente precisa ser trabalhado de forma integral para que esse futuro seja alcançado. É preciso crer nesse futuro, disseminá-lo no seio da organização e no seu ambiente externo e projetá-lo com a participação de todos e para o beneficio da coletividade, pois, somente assim ter-se-á satisfação e fidelidade.
O objetivo maior de todos os envolvidos, ou seja da coletividade interna, é aumentar o QEC – Quociente Emocional-Espiritual Coletivo e por conseqüência a otimização dos resultados em todos os níveis e tipos, pois é de um ambiente coeso e com ressonância da motivação que se alcança os fins desejados.
A inclusão dos princípios de valores transcendentais e espirituais na formulação da visão com abordagem holística amplia o sonho dando-lhe nova dimensão com um colorido especial pelos novos valores, não apenas empresariais, mas também espirituais que potencializarão o processo em busca desse sonho ampliado, formulando uma nova organização, ou seja, uma empresa humanizada com excelência em seus processos e relacionamentos. Essa nova organização é produto desse novo modelo holístico-transcendental ou quântico-espiritual.
Postura Estratégico-espiritual
A empresa que tem a visão não apenas estratégica, mas um sonho nessa dimensão transcendental e que entende que a saúde espiritual do grupo é o combustível essencial para o seu próprio desenvolvimento tem também uma abordagem totalmente nova, formada pelos componentes estratégicos do negócio com esses princípios e valores que transcendem a dimensão meramente empresarial.
Essa nova abordagem formada tanto do ponto de vista estratégico quanto do emocional-espiritual assenta-se em um modelo com três grandes estruturas, simbolizadas por metáforas.
Alguns doutrinadores trabalham com modelos de metáfora na administração, tais como: Gareth Morgan, Roberto Adami Tranjan, Marly Cavalcanti, Kay Gilely e outros, dos quais adaptamos esse modelo de abordagem estratégico-espiritual, com utilização das seguintes metáforas:
Metáfora espiritual para configurar a parte filosófica, cultural e de valores do planejamento holístico transcendental onde se incluem a Missão, princípios, valores, filosofia, cultura e outros elementos também emocionais e espirituais que formam o credo da organização.
Esse credo ou conjunto de valores da organização e do grupo que a compõe, incluindo acionistas, gestores, colaboradores, prestadores, fornecedores e tomadores de serviços ou produtos (clientes), nessa nova abordagem assumem um papel relevante no processo, determinando o jeito de serem, os códigos de conduta e especialmente a qualidade do sonho, dos relacionamentos e dos resultados. É a essência filosófica e cultural da organização. É de fato aquilo em que o conjunto (organização) efetivamente acredita, correspondendo no EU CREIO, ou na fé que o pensamento coletivo tem. É a fé ou a sinergia do QEC – Quociente Emocional-Espiritual Coletivo
Metáfora Cerebral para configurar a parte cognitiva e intelectual do planejamento, desenvolvendo e integrando objetivos, políticas, diretrizes e estratégias de forma que possam ser transformados em ações de gestão estratégica e em projetos que possam ser executados.
O conjunto da metáfora cerebral do planejamento é idêntico ao conjunto de instrumentos do planejamento estratégico convencional, entretanto, no modelo holístico-transcendental recebe também toda a carga do sonho ou da visão transcendental com valores emocionais e espirituais, agregando o credo composto por missão, valores, filosofia e princípios dessa nova abordagem. Portanto o conjunto cerebral desse novo planejamento trabalha também com esses novos componentes em sua gestão estratégica em busca da configuração da vantagem competitiva a partir do seu grande diferencial, ou seja, do seu elevado QEC – Quociente Emocional-Espiritual Coletivo.
No modelo atual e convencional de planejamento estratégico, tem-se que nos negócios, a paz é um elemento cada vez mais raro, pois a existência de competidores agressivos está mais presente e circunstancial. Entretanto no modelo proposto com valores transcendentais e espirituais, não haverá espaços para essas contendas, pois o diferencial da empresa quântico-espiritual não estará somente na sua tecnologia ou na sua capacidade de concorrer no mercado, mas estará fundamentado em valores essenciais do coletivo e da motivação na organização; deste modo a empresa que pretender superá-la terá que trilhar o mesmo caminho, mas com um índice emocional-espiritual ainda maior, oferecendo maior satisfação para obter fidelidade.
Metáfora Corporal configurada pela parte físico-funcional da organização e que recebe a ação estratégica de fazer acontecer o planejado, para isso, no modelo holístico-transcendental, inclui-se não apenas a estrutura física, os recursos e a tecnologia, mas essencialmente as pessoas que processam essas ações, daí a importância de se incluir toda a visão ampliada e todos os métodos humanizados no processo.
A dimensão corporal é a parte que faz acontecer e por isso é o campo da aplicação de todo o processo e de onde resultará a lucratividade, a rentabilidade e essencialmente a otimização e a perenidade do conjunto. É nessa dimensão que se aplica de fato os princípios, a filosofia e se agregam os valores do credo institucional, transferindo do transcendental-espiritual e do cerebral para o corpo, tornando-se tangíveis os valores estratégicos e os transcendentais espirituais.
Essa transferência pode ser sentida pelo nível emocional, motivacional e de amor pela organização que se expressam pela fidelidade. É o grande diferencial da organização que opta pelo holístico-transcendental e pelo estratégico-espiritual, pois são princípios e valores que vão muito além da pratica comum do mundo corporativo. É de fato o grande ou talvez o único e definitivo diferencial, pois com ele se obtém todos os demais.
Com essa abordagem holístico-transcendental a empresa se transforma gerando novo padrão de pensamento coletivo ou de pensamentos unificados que se agregam e dão origem ao QEC – Quociente Emocional Coletivo da organização, o que corresponde a uma conversão espiritual coletiva ou de “convergência” para esse processo de gestão integral – administrando com a mente e com o coração – que determina resultados otimizados através de processos e de relacionamentos com excelência intimista de cada membro e do todo organizacional.
Como conseqüência desse processo de planejamento estratégico com essa visão e gestão estabelecida por esse credo institucional espiritualizado obtêm-se, com certeza, a satisfação e a fidelidade através de resultados otimizados pela sinergia quântico-espiritual.
* Valdir R. Borba é mestre em administração e é coordenador do MBA de Gestão em Serviços de Saúde da Fundação Unimed.
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