A assistência hospitalar é obvio que é diferente da domiciliar, apesar de estarem incluídas dentro de uma cadeia de serviços da saúde.

Os hospitais têm estruturas de gerenciamento e de prática médica bem definidas e tratam o episódio agudo liberando rapidamente o paciente para continuar seu tratamento no lar, deixando o leito livre, para uma nova internação, com novos procedimentos mais rentáveis, para o hospital.

As empresas de homecare teoricamente deveriam fazer o gerenciamento dos pacientes crônicos, que precisam de procedimentos de enfermagem, específicos quando o paciente esta sendo desospitalizado, mas somente isso.

Na absoluta maioria dos casos as empresas de homecare não estão aptas a gerenciar os pacientes crônicos, porque isso é função da família. A prática homecare na maioria da população de classe C e D que usa os planos de saúde é quase impossível, devido a precariedade das condições higiênicas e de acomodações.

Para o hospital, como instituição, a saída do paciente crônico traz impacto comercial positivo. O Sistema Médico Inglês que teoricamente é o modelo melhor preparado para atender o cidadão, o governo e a família, instituiu o pagamento de uma taxa além da previdência para garantir a possibilidade do idoso (tudo isso acontece porque a população de idosos está crescendo) não terá mais família nem recursos para cuidá-lo . A solução é um hospital de retaguarda, espécie de asilo-hospital para cuidá-lo.

Por Dr Jose Knoplich/ knoplich@uol.com.br