Apenas uma a cada 10 pessoas no mundo que precisa de cuidados paliativos efetivamente os recebe, revelou esta semana um estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Worldwide Palliative Care Alliance (WPCA). Esse tipo de cuidado inclui, além de medidas de alívio da dor, dar apoio psicológico e emocional aos pacientes com doenças avançadas ou sem tratamento, além de seus familiares.

Segundo o Atlas Global de Cuidados Paliativos no Fim da Vida, cerca de um terço dos que precisam de cuidados paliativos sofrem de câncer. Outros possuem doenças degenerativas afetando coração, pulmões, fígado, rins e cérebro, ou doenças crônicas, ou doenças resistentes a tratamentos, como aids e tuberculose resistente às drogas.

Estima-se que, a cada ano, mais de 20 milhões de pacientes precisem de cuidados paliativos no fim da vida. Do total, 6% são crianças. O número sobe para 40 milhões se somadas as que poderiam se beneficiar deste tipo de tratamento logo que descobrem a doença.

Em 2011, aproximadamente 3 milhões de pacientes receberam cuidados paliativos, a vasta maioria no fim da vida. Embora a maior parte dos doentes assistidos estivessem em países ricos, cerca de 80% da demanda por cuidados paliativos vem de países pobres ou em desenvolvimento. Apenas 20 países no mundo possuem este tipo de assistência bem integrada aos seus sistemas de saúde ? entre eles Austrália, Canadá, Alemanha, Japão e Noruega.