Cada vez mais as mudanças na economia brasileira, a maturidade do novo consumidor, o acirramento da concorrência, pressionam os profissionais da saúde a  buscarem caminhos em busca da excelência no atendimento aos seus pacientes.

Neste cenário, se inicia um processo de procura por soluções que possam trazer os resultados esperados no atendimento. Uma das soluções mais utilizadas é o treinamento de toda a equipe de atendimento, com foco principal na secretária que tem o primeiro e o últimos contato com todo paciente.

A cada dia que passa, notamos mais e mais programas de capacitação e desenvolvimento de pessoas na saúde, alguns com sucesso, outros nem tanto.

Muitas vezes o resultados de um programa de treinamento para a equipe de uma clínica ou consultório , não dependem somente da qualidade do curso ou do instrutor, ás vezes o problema é um pouco mais sério.

Durante estes últimos anos, eu tenho notado programas de treinamentos realizados para profissionais sem o mínimo perfil para trabalhar com saúde com no atendimento de pacientes. Neste caso, estamos tentando “tirar leite de pedra”. Sem algumas premissas básicas no perfil, principalmente ligadas às atitudes das pessoas, não há treinamento no mundo que resolva. Não iremos conseguir desenvolver características como iniciativa, proatividade, gostar de pessoas, entre outras coisas. Com tudo isto, fica evidente a importância de que antes da decisão da realização de um programa de treinamento, uma cuidadosa análise do perfil dos futuros treinando deve ser feita. Em diversas situações de uma “teórica” demanda por treinamento, eu acabei diagnosticando um problema que vinha um pouco antes, problemas no perfil. Depois de ajustado este perfil, aí sim os programas de treinamento passam a fazer sentido.

Mas depois de resolvido o problema do perfil, restam ainda dúvidas de como otimizar os recursos em treinamentos. É comum escutar de um médico: “.. E se eu treinar e preparar a minha secretária e ela for embora “ e então eu tenho respondido “ .. E se você não treinar e  ela ficar..”

Com todas estas dúvidas, fica como final deste artigo um roteiro simples para que os erros nos programas de treinamento sejam minimizados: As cinco perguntas que estruturam um treinamento.

Quem eu irei treinar – Quais as pessoas envolvidas, nem gente de mais, nem de ,menos.

Quando irei fazer isto – Em que data, horário eu vou realizar o programa

Quanto de treinamento – Que carga eu vou dar de cursos , mais uma vez , nem mais, nem menos

Quem irá treinar – A escolha do instrutor é essencial, um erro aqui pode jogar tudo fora

Aonde eu vou fazer o treinamento – local, na empresa, fora , etc.

O que – Quais os cursos, quais os pontos trabalhados.

Eduardo Terra é professor dos cursos de MBA e Pós Graduação da FIA e do curso de MBA Economia e Gestão da Saúde – UNIFESP. Atua como Consultor de Empresas na área da saúde, é Sócio-Diretor da Tela Comunicação e Propaganda e Diretor Geral da UBS – União Business School.