A maioria dos feitos em inovação em saúde são incrementais. Poucas pessoas são capazes de realmente revolucionar a saúde e mudar toda a maneira como lidamos com ela. Este parece ser o caso de Elizabeth Holmes. Aos 19 anos, Elizabeth fundou a Theranos, uma empresa de diagnóstico sanguíneo revolucionária. Atualmente, a empresa vale 9 bilhões e tem a meta de mudar a saúde.

Segundo seu professor de engenharia química, quando ela decidiu que queria abrir uma empresa, ele sabia que ela era diferente e que a maneira como ela via um problema técnico era única na experiência do professor. E isso é de extrema importância para quem quer fazer uma inovação em saúde disruptiva.

Holmes fez estágio de verão em Singapura, onde foi bem sucedida por ter estudado Mandarin nas horas vagas em Houston, e, ao voltar para Palo Alto, mostou ao professor uma patente que tinha escrito em uma inovação em saúde. Ela ainda era caloura na faculdade e pegou o seminário de ofertas de drogas, devices e outras tecnologias envolvidas em química. O conteúdo da patente, no entanto, nunca tinha sido pensado pelo professor que ensinava essa matéria há muitos anos já. Era um patch vestível que, além de administrar uma droga para o paciente, monitorava variáveis na corrente sanguínea do paciente e realizava os ajustes automaticamente.

“Eu lembro dela falando ‘E nós podíamos colocar um chip no patch para enviar para o médico e para o próprio paciente o que está acontecendo,’ ” disse Robertson, seu professor. “E eu quase me dei um chute. Eu sou consultado nessa área por 30 anos, nós trabalhamos com os equipamentos que medem e com os devices que entregam, mas nunca pensei em colocá-los juntos.”

Ao iniciar a empresa, o professor a perguntou por que ela queria fazer aquilo e ela respondeu “Porque sistemas como este podem revolucionar completamente como a saúde é efetivamente entregue. E é isso que eu quero fazer. Eu não quero fazer uma mudança incremental em alguma tecnologia. Eu quero criar uma tecnologia completamente nova e uma que seja capaz de ajudar a humanidade apesar de geografia, raça, idade ou gênero.”

Por último, Robertson, o professor, disse “Quando eu finalmente me conectei com o que Elizabeth é, eu me dei conta de que poderia estar olhando nos olhos de um Steve Jobs ou Bill Gates.”

Vamos esperar e ver o que a empresa de Elizabeth, Theranos, ainda tem para nos mostrar e temos certeza que mais inovação em saúde será criada por ela e pelo seu time.


Fonte: Fortune