Brasileiros participam de novo curso para empreendedores em Stanford
SÃO PAULO – Começou no último domingo na Stanford Graduate School of Business, na Califórnia (EUA), a primeira edição de um curso voltado para empreendedores de economias em desenvolvimento. Organizado em parceria com a Endeavor Global, uma organização de apoio ao empreendedorismo, o Stanford – Endeavor Leadership Program, previsto para ocorrer todos os anos, está sendo ministrado para 61 donos de pequenos e médios negócios de diferentes países, como México, Turquia e Egito.
Foto: Daniel Wjuniski
Do Brasil, segundo a Endeavor, participam representantes de quatro empresas. Daniel Wjuniski, sócio do portal de saúde e bem-estar Minha Vida, é um deles. “O Minha Vida recebeu um aporte de capital [da Intel Capital e Catalyst] no início deste ano, passando de uma empresa de 50 pessoas para cerca de 100. Como CEO, estou buscando todo tipo de informação e treinamento para ampliar nosso negócio com uma equipe motivada e em sintonia com nossos valores e cultura”, diz ele justificando porque decidiu fazer o programa.
Stanford ficou responsável pela seleção dos empresários que participam do programa, que vai até o dia 31 deste mês e tem o objetivo de ajudar esses empreendedores a construir o crescimento de suas companhias em um mercado global competitivo. Durante o curso, ex-alunos de Stanford com experiência em operações de negócios retornarão à escola para atuar como orientadores dos empreendedores. “Aumentar o conhecimento gerencial é um fator crítico que permite aos empreendedores ampliar os negócios e criar oportunidades de emprego nas economias emergentes”, disse em nota Hau Lee, diretor do Stanford Institute for Innovation in Developing Economies (SEED), que está organizando o curso.
Marcos Simões, diretor de seleção e serviços a empreendedores da Endeavor no Brasil, explica que o SEED tem por objetivo estimular a inovação através de pesquisa e educação e permitir que empreendedores, gestores e líderes estimulem o crescimento de suas economias. Segundo ele, a proposta do instituto tem muita sinergia com a missão da Endeavor, de causar impacto social e econômico através do estímulo ao empreendedorismo. “Assim, as duas instituições decidiram somar forças para levar capacitação e networking para ajudar empreendedores de países emergentes a impulsionar seus negócios e gerar oportunidades de trabalho”, diz Simões.
Para Wjuniski, a metodologia de ensino através de cases utilizada no curso faz entender que os problemas enfrentados na sua pequena empresa são muito comuns em outras startups. “Entender as falhas que cada um cometeu e como resolveram os desafios nos faz economizar tempo e diminuir o risco de erro”, diz o empreendedor. “Além disso, o Vale do Silício tem uma energia e um ecossistema únicos, que nos inspiram a querer chegar mais longe.”
Fonte: Adriana Fonseca, Valor Econômico, 28/08/2012