Nos últimos quinze anos, o tamanho das porções de refrigerantes aumentou assustadoramente. Servem-se copos que cabem litros de refrigerantes, baldes de sorvetes e promoções combinadas que, individualizadas, sairiam mais caras, induzindo ao maior consumo desses alimentos. Com as grandes porções desses alimentos, compramos mais calorias por unidade de moeda de qualquer país e acabamos, erroneamente, por achar isso vantajoso. Compramos muito mais do que comeríamos e comemos muito mais do que deveríamos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o açúcar de adição não ultrapasse 10% das calorias de uma refeição. Apesar disso, nos Estados Unidos, as crianças consomem o dobro dessas recomendações. Os refrigerantes são os maiores contribuintes individuais dessa ingestão. O açúcar, incorporado na maioria dos alimentos industrializados, leva a um consumo expressivamente alto desse ingrediente, causando um aumento das calorias das dietas, com um poder de saciedade muito pequeno. O resultado dessa equação é sempre muito amargo e um dos responsáveis pela epidemia de obesidade e diabetes em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes.
Dra. Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.