Nos últimos 6 meses você deve ter reparado que as notícias sobre mHealth se tornaram cada vez mais comuns. Não é por menos, empresas como Apple, Google e Samsung apostam no setor, e prometem travar uma grande batalha pela saúde de seus consumidores.

Ontem (19.06.14) a Flurry, uma autoridade em analytics para mobile mais, divulgou estudo sobre o setor de apps para saúde e fitness. Com o objetivo de mostrar o crescimento do mHealth e mobile em geral nos últimos 6 meses, a empresa começa o report com um dado interessante. Além disso, esses resultados mostram diversas oportunidades para empreendedores que buscam o setor.

Enquanto a área da saúde sempre tenha sido apontada como um dos principais mercados a ser revolucionados com o mobile, seu crescimento não era tão impressionante quanto as promessas. Em 2013 a indústria de apps cresceu 113%, enquanto que a de apps para saúde “apenas” 49%.

Ao analisar 6.800 apps para saúde e fitness nos últimos 6 meses, identificou-se um aumento no uso dessas soluções de 62% contra 33% de aumento no uso de aplicativos em geral. Isso significa dizer que o mHealth cresce 87% mais rápido que o mercado de apps.

mHealth decola, segundo Flurry (1)

O crescimento pode ser notado em diversas frentes, seja quando a Apple passa a vender mais acessórios e dispositivos em suas lojas, relacionados a saúde e fitness, ou quando a Amazon cria uma loja dedicada a mHealth e wearable devices, por exemplo. Outro indício fica por conta do que citamos, os investimentos das gigantes nesse setor.

Porém, o que é incontestável no momento é que o “cavalo” dessa “carroça” é o fanático por fitness. Nunca tivemos tantos wearable devices no mercado. Recentemente inclusive vi uma bola de futebol da Adidas que se comunica com seu iphone, com feedback instantâneo do seu chute. É a telemetria chegando às mãos do consumidor.

Os Fanáticos por fitness

Bem-estar está na moda, e como efeito colateral está desenvolvendo o mHealth. A pesquisa estudou mais a fundo esses fanáticos por fitness, e descobriram que a maioria são mulheres (62%), o que é bem diferente do mercado geral de apps, onde as mulheres representam 42% do setor.

mHealth decola, segundo Flurry (2)

Outro achado interessante em relação ao mercado geral de apps, é que o perfil consumidor de mHealth, principalmente fitness, é um pouco mais velho que a média. As pessoas entre 25-54 anos são responsáveis pelo maior uso dos apps.

mHealth decola, segundo Flurry (3)

Ao analisarem as personas que utilizam os apps, descobriram que geralmente são fãs de esportes, pais preocupados com a educação de seus filhos e corredores dedicados. Ao contrário dos millennials, pouco se preocupam com redes sociais e games.

mHealth decola, segundo Flurry (4)

mHealth e Wearable Devices

Não há dúvidas que os mercados se impulsionam automaticamente, ambos estão em franco crescimento. Segundo Stephanie Tilenius, da Kleiner Perkins, logo veremos seguradoras oferecendo descontos a usuários de mHealth e wearable devices, que se exercitam e buscam melhor padrão de saúde.

Para finalizar, a mesma Stephanie Tilenius traz 3 dados interessantes sobre o futuro desse setor, onde até 2017:

  • 50% dos 3.4 bilhões usuários de smartphones e tablets no mundo estarão utilizando algum app de mHealth. – Research and Markets
  • Acredita que pelo menos 30% dos consumidores americanos irão utilizar regularmente devices para monitorar o sono, glicemia, pressão arterial e outros.
  • O mercado de wearable devices para saúde e fitness deve atingir 170 milhões de dispositivos. – ABI

O cenário de guerra entre as gigantes está armado. A disputa Apple x Samsung pelo pulso do usuário, e Apple x Google pelos apps, é clara. Fontes internas da Apple afirmam q a empresa projetou a venda de 63 milhões de unidades do relógio da Apple, apenas no primeiro ano.

Se você é empreendedor e quer entrar nesse setor, agora tem dados para definir o público-alvo e muito mais.

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