Quando desenhamos os processos que compõem as cadeias assistenciais, enfatizamos a relação do consumidor não necessariamente um paciente! com os fornecedores dos serviços: os profissionais de saúde, que se utilizam de sua competência e de recursos tecnológicos (Tm+Tic) ocupando espaços construídos para o desempenho dos fornecimentos.
Tendo como exemplo um edifício hospitalar, nele encontramos diferentes setores com seus compartimentos, que abrigam ?Unidades de Produção? que são fornecedoras de serviços à cadeia assistencial como atividades-fim da empresa.
Compondo operacional e fisicamente cada diferente setor produtivo, seja um ambulatório, centro cirúrgico, unidades de internação, cuidados intensivos, haverá compartimentos que ?produzem? ao lado de outros tantos que ?apoiam? as atividades que compõem os processos.
As atividades-fim por sua vez, requerem ?serviços de suporte? considerados como atividades- meio e que também ocupam áreas métricas em seus setores: administração, suprimentos, conforto do pessoal, energias e outras de acordo com o perfil do hospital.
Consideremos que o ?espaço construído? é um recurso físico, que tem um valor patrimonial imobiliário: terreno, projeto, construção, equipamentos, manutenção e um valor intangível que é tradicionalmente nomeado como ?ponto?, onde se agregam ao Negócio, sua localização e imediações urbanas, acessibilidade por diferentes meios e a leitura visual do edifício, que incorpora por sua configuração arquitetônica a ?marca? da empresa operadora, sensibilizando e fidelizando os consumidores.
Analisemos os montantes do capital investido no recurso físico, desde os projetos do edifício até sua posta em marcha e operação plena, que sabidamente somam a mais alta inversão financeira no negócio da Empresa, e que terá constado no seu Projeto de Negócio indicando o tempo previsto para os investidores terem seu capital retornado.
? Entendemos que o usufruto dos espaços, tanto das Unidades de Produção como dos Serviços de Suporte deverá ter uma remuneração por seu uso, valorada proporcionalmente aos custos das metragens edificadas, lembrando que os valores para construir um centro cirúrgico ou um setor de cuidados intensivos, é significativamente maior do que o custo do metro quadrado de um aposento de internação ou de um conjunto de consultórios.
? O edifício hospitalar conta ainda com ?áreas comuns? como circulações horizontais, verticais e compartimentos destinados a ocupação por instalações prediais e especiais, que permeiam os setores citados.
? Todos os setores de atividades operacionais terão seu ?contorno territorial? definido em planta, onde arquitetos e engenheiros prediais e de instalações especiais, estabelecerão metragem e ?custo? daquela edificação e a remuneração avaliada para sua locação, incluindo o rateio pelas utilizações das áreas comuns e pelos serviços compartilhados como segurança, movimentação, transporte interno e estacionamentos.
? Uma abordagem mais detalhada como aqui proposta quanto ao usufruto dos espaços pelos setores de Produção e Serviços, estimulará a compreensão pelos gestores dos serviços que produzem, sobre a importância da plataforma física que os abriga com capital imobilizado e sua participação nos custos dos serviços produzidos.
As ações de planejamento, execução e controle da Produção de Serviços médico-hospitalares que compõem à gestão da empresa hospitalar, deverá incorpora o ?espaço físico? como integrante dos processos, resultando proposta de melhorias no desempenho, minimizando desperdícios e como consequência tempos e custos!