Segundo os dados divulgados pelo IBGE, na passagem de julho para agosto, nove dos catorze locais pesquisados apresentaram recuo na produção industrial, já descontadas as influências sazonais. As maiores quedas foram registradas no Paraná (-7,2%), em Goiás (-4,8%) e no Rio Grande do Sul (-4,3%), seguidos por Pernambuco (-4,0%), Amazonas (-3,0%) e Nordeste (-1,9%). Bahia (-1,7%) e Espírito Santo (-1,1%) também observaram queda da produção. No Rio de Janeiro e em São Paulo a produção cresceu 1,6% e 1,3%, respectivamente.
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No indicador mensal (mês contra mesmo mês do ano anterior), todos os locais pesquisados assinalaram crescimento. Com avanço acima da média nacional (8,9%), destacaram-se: Ceará (17,4%), Espírito Santo (15,0%), Pará (11,2%), Minas Gerais (10,9%), Rio de Janeiro (9,6%), São Paulo (9,4%), Paraná (9,1%), Amazonas (9,0%), região Nordeste (8,0%), Rio Grande do Sul (5,4%), Pernambuco (5,1%), Goiás (4,6%), Bahia (4,4%) e Santa Catarina (3,8%). A região Nordeste (8,0%), Rio Grande do Sul (5,4%), Pernambuco (5,4%), Goiás (4,6%), Bahia (4,4%) e Santa Catarina (3,8%) assinalaram também taxas positivas.
A produção industrial acumulada entre janeiro e agosto, quando confrontada com mesmo período do ano anterior, revela variação positiva em todas as localidades novamente. As ampliações mais elevadas no desempenho regional ficaram com: Espírito Santo (31,7%), Amazonas (23,8%) e Minas Gerais (19,2%) registraram as taxas mais elevadas nesse tipo de comparação. Nos demais locais os resultados foram: São Paulo (13,5%), região Nordeste (13,3%), Bahia (12,4%), Rio Grande do Sul (10,8%), Rio de Janeiro (10,1%), Santa Catarina (9,4%) e Pará (8,5%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento de 9,9% da produção nacional deveu-se a variação positiva de todas as localidades, com destaque para Espírito Santo (24,2%), Paraná (13,2%) e Minas Gerais (12,7%).
São Paulo. Em agosto, frente julho, com dados já descontados dos efeitos sazonais, a produção industrial de São Paulo apresentou avanço de 1,3%. No confronto com agosto de 2009, constatou-se avanço de 9,4%, taxa influenciada pelos setores: veículos automotores (27,6%) e máquinas e equipamentos (26,8%), alimentos (14,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,3%) e produtos químicos (11,6%). Em sentido oposto, o setor que assinalou queda na produção foi a indústria farmacêutica (-19,6%). No acumulado dos oito primeiros meses de 2010, a produção industrial cresceu 13,4%, pressionada pelos acréscimos observados em veículos automotores (31,1%), máquinas e equipamentos (35,1%), outros produtos químicos (14,8%) e metalurgia básica (29,9%). Por outro lado, outros equipamentos de transporte (-7,3%), farmacêutica (-5,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,9%) foram os setores que mais influenciaram negativamente a taxa global.
Ceará. A partir de dados livres de efeitos sazonais, observa-se que a indústria cearense, na passagem de julho para agosto, registrou o melhor desempenho dentre as regiões pesquisadas, ao crescer 17,4%, taxa influenciada pelos setores: alimentos e bebidas (36,6%), máquinas, aparelhos e matérias elétricos (208,9%), produtos químicos (13,9%) e calçados e artigos de couro (9,0%). Por outro lado, metalurgia básica (-10,9%) e têxtil (-4,3%). Na comparação acumulada no ano, o estado registrou avanço de 16,6%, devido, sobretudo, ao desempenho de: alimentos e bebidas (15,0%), produtos químicos (30,9%), aparelhos e materiais elétricos (60,3%) e calçados e artigos de couro (16,9%). O único impacto negativo veio de vestuários e acessórios (-1,2%).
Santa Catarina. Em agosto, a indústria de Santa Catarina apresentou variação de 0,1%, com dados livres de efeitos sazonais. Na comparação mensal (mês/ mesmo mês do ano anterior), houve alta da produção fabril em 3,8%, em virtude, principalmente do desempenho do setor de borracha e plástico (15,0%), metalurgia básica (58,7%), celulose e papel (12,4%) e vestuário (9,9%). A produção industrial no período entre janeiro e agosto de 2010 cresceu 9,4%, graças ao desempenho de máquinas e equipamentos (32,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (30,6%), borracha e plástico (20,1%) e têxtil (8,7%).
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