A Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Paulista de Medicina (APM) vêm a público expressar preocupação com a notícia que dá conta de que o Ministério da Educação (MEC) avaliará ainda no inicio de 2009 o pedido de abertura de sete novos cursos de medicina, podendo autorizá-los a funcionar.

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É publico que o Brasil não precisa de novas escolas de medicina. Temos uma média de um profissional por 600 habitantes, proporção muito superior à preconizada como ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de um médico por 1.000. Aliás, em grandes centros, como São Paulo, a média é de um profissional de medicina por 250 habitantes. Um exagero.

Nosso problema, portanto, não é de quantidade, é, sim, de qualidade. Temos atualmente 176 faculdades, sendo que parte delas oferece ensino insuficiente, pois visa apenas a amealhar lucros. São, enfim, cursos que prestam um desserviço social, agindo de má fé com estudantes que sonham em servir ao próximo e colocando em risco a saúde dos cidadãos.

O próprio Ministério da Educação reconheceu publicamente as graves falhas do processo de formação em 2008 ao colocar em suspeição diversas escolas médicas e ao punir algumas delas com suspensão de vestibulares e cortes nos números de vagas, além de advertir outras que também poderão ser penalizadas em futuro próximo.

A Associação Médica Brasileira e a Associação Paulista de Medicina conclamam as autoridades a agirem com cautela e responsabilidade nessa questão, sendo que permanecerão vigilantes para denunciar à sociedade toda e qualquer medida contrária aos interesses dos cidadãos.