Os gliomas, a forma de câncer mais comum no sistema nervoso central, são uma causa importante de morbidade em adultos e crianças com este tipo de diagnóstico. Até pouco tempo os quimioterápicos utilizados para essa patologia apresentavam baixas taxas de resposta, porém, atualmente, existem medicações específicas e que proporcionam uma melhora significativa na qualidade de vida e sobrevida do paciente.
“A taxa de mortalidade por tumores cerebrais no Brasil apresenta um aumento, especialmente nos idosos”, afirma Fernando Maluf, oncologista do Hospital Sírio Libanês. Na opinião do especialista, os oncologistas estão cada vez mais realizando um monitoramento cauteloso para detecção da doença e uma boa proporção desses pacientes está sendo tratada ativamente quando seu câncer retorna, por meio de uma combinação de opções de tratamentos.
A temozolomida apresenta um amplo espectro de atividade antitumoral com baixa toxicidade. Duas grandes vantagens da temozolomida como quimioterápico se referem à ampla distribuição tecidual e a capacidade de atravessar a barreira hemato-liquórica que o torna particularmente útil no tratamento de tumores do sistema nervoso central. A novidade em relação ao medicamento é sua nova apresentação, intravenosa, indicada para pacientes com glioma maligno recidivante, como glioblastoma multiforme ou astrocitoma anaplásico, e, também, no tratamento de pacientes com melanoma maligno metastático em estágio avançado.