Nos últimos três meses, a pauta de todos os setores e do governo é a crise econômica e uma possível recessão advinda dela. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o setor da saúde ainda precisa avaliar os impactos econômicos, mas adianta que o cenário não é “desesperador”. “Temos que avaliar ainda. O empresariado ainda está percebendo o processo, mas o quadro não é desesperador. Existem algumas preocupações com a questão do câmbio e da demanda, principalmente. Contudo, precisamos de mais tempo para ter mais clareza de como esta questão vai ficar e até que ponto isto vai afetar os segmentos da economia, a receita do Estado e os orçamentos”, pontua o ministro.

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Temporão alerta que o ainda é cedo para fazer qualquer especulação, mas o governo está acompanhando. “Por enquanto, a saúde tem um piso constitucional, ou seja, o orçamento executado em 2008 será corrigido pela variação nominal do PIB para gerar o orçamento de 2009. Do ponto de vista da base, nada muda”, assinala. Porém, é possível que se precise alterar recursos financeiros para novos projetos, expansão de atendimento e criação de cobertura, por exemplo. “Teremos que ver se teremos recursos disponíveis ou não e isto vai depender da macroeconomia”, diz.

Do ponto de vista de curto prazo, o ministro conta que as indústrias médico-hospitalares já haviam fechado a maior parte dos contratos antes da explosão da crise. Mas, a existe uma insegurança iminente na indústria farmacêutica. “Cerca de 80% da matéria-prima que usamos na indústria farmacêutica são importadas. Se houver uma mudança brusca no custo dólar, isto vai trazer um impacto”, conclui.