A Obamacare (reforma no sistema de saúde) nos EUA, bem como as oportunidades de mHealth e a preocupação com saúde populacional, tem gerado um grande interesse no mercado pelas práticas de telesaúde. Procurando ampliar as possibilidades, e aumentar as interações com o paciente fora do ambiente tradicional de saúde, os profissionais e as instituições de saúde estão desenvolvendo estratégias integradas para adotar tais tecnologias – e conforme mais convênios e hospitais comecem a pagar por essas tecnologias (vide matéria de saúde populacional, que escrevi na semana passada), o valor da telesaúde vai crescer ainda mais. Um estudo recente da IHS prevê que o mercado de telesaúde nos EUA vai crescer de US$ 240 milhões de faturamento em 2013 para US$ 1.9 bilhão em 2018, um crescimento anual de mais de 50%.
Essas previsões são muito baseadas na falta de bons profissionais (ver o conceito de massa crítica explicada pelo Prof. Gonzalo Vecina neste artigo) e em todas as mudanças que o setor vem enfrentando e as quais precisa enfrentar. É também chave (nem por isso fácill), trazer de fato o paciente para o centro da discussão, permitindo à eles ter acesso à saúde quando eles precisam e onde precisam. Para isso, a EY (antiga Ernst&Young) lançou um novo report com o nome de “Shaping Your Telehealth Strategy”
Nesse estudo, a consultoria define a proposta de valor de Telesaúde em 4 pontos principais:
1. A TeleSaúde aumenta o acesso à Saúde e permite alcançar novos mercados
Principalmente para pacientes em áreas rurais e idosos em homecare, a TeleSaúde pode dar mais atenção à pacientes que antes ficavam muito mais às margens do sistema (para a Health 2.0 Latin America Conference, recebemos um pitch de uma startups do Paquistão que se dedica exatamente à servir àreas rurais com telemedicina e queria fazer o mesmo no Brasil). Sobre “novos mercados”, é interessante lembra do livro Innovator’s Prescription do Clayton Christensen, que exatamente reforça que quando novas tecnologias mais baratas chegam à um mercado, permitem alcançar novos mercados que antes não eram supridos.
2. A TeleSaúde reduz visitas ao pronto socorro e reinternações.
A Federal Communications Commission declarou que monitoramento remoto de pacientes para condições de insuficiência cardíaca, DPOC e diabetes poderia economizar ao sistema de saúde norteamericano US$ 197 bilhões em 25 anos (veja artigo da Mayo Clinic mostrando exatamente a redução de internações com o uso de mHealth).
3. A TeleSaúde permite a colaboração e otimização de recursos
A TeleSaúde permite ainda que vários profissionais se integrem em um único episódio de atendimento (veja como a Amil está fazendo isso), economizando tempo dos profissionais, evitando exames repetidos, e assim diminuindo também o gap de oferta e demanda de serviços de saúde.
4. A TeleSaúde nos leva mais perto do cuidado centrado no paciente
Através do acompanhamento contínuo do paciente, os profissionais podem dar mais atenção e orientações aos pacientes no processo de recuperação e cuidado. Conversa constante permite saber também se os pacientes estão seguindo os tratamentos corretamente e mudar a proposta terapêutica mais rapidamente se necessário.
Para ler mais, faça o download do estudo completo.