Nódulos na tireoide são bastante comuns na prática clínica, mas a minoria – entre 5% e 10% – é maligna. O câncer de tireoide constitui o quarto tipo de tumor mais frequente na população feminina brasileira. No entanto, ele está entre os menos letais, pois pode ser diagnosticado precocemente, alcançando taxas de cura de 97%. No Brasil, 8.000 novos casos da doença devem surgir em 2014.
A glândula que tem o formato de uma borboleta ou de um H, localizada na região anterior e inferior do pescoço, é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo do organismo. Mas também é causadora de expectativa e estresse quando seus nódulos acabam descobertos seja por palpação ou exame ultrassonográfico.
De acordo com o oncologista Gyl Henrique A. Ramos, especialista em cabeça e pescoço do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, nódulos na tireoide são mais comuns do que se imagina. “Massas sensíveis ao toque, palpáveis, são detectadas em cerca de 3% da população geral, seja pelo autoexame do paciente ou pelo exame médico”, informa. “Considerando os nódulos diagnosticados por ultrassonografia, a prevalência pode ultrapassar 50% na população feminina com mais de 50 anos de idade.”
A probabilidade de um nódulo com padrão suspeito ser maligno é baixa. Os nódulos geralmente são benignos, mas causam apreensão até que seja definida sua natureza. “A definição quase sempre é pela associação do quadro clínico com a imagem da ecografia e a punção aspirativa por agulha fina”, explica o oncologista.
Segundo ele, o câncer de tireoide costuma ser pouco invasivo, com bom prognóstico e sobrevida chegando a quase 100% em dez anos, desde que todo tratamento e acompanhamento sejam feitos.
Desafio – O principal desafio para os especialistas é diferenciar um nódulo com potencial maligno de um nódulo benigno. Para isso, utilizam-se dados de história familiar e exame físico, além de vários exames, marcadores séricos e citologia do nódulo, obtida por punção aspirativa com agulha fina. Com esses dados, é possível identificar com razoável sensibilidade e especificidade os pacientes portadores de carcinoma de tireoide (câncer).
Segundo Ramos, existe um determinado tipo de câncer da tireoide que está relacionado com alteração genética familial, o que implica na necessidade de uma pesquisa junto aos familiares em busca dessas alterações que indicam maior risco de desenvolvimento da doença. “Nesses casos, leva-se em consideração a retirada preventiva da glândula”, comenta o oncologista.
“Médicos clínicos gerais e endocrinologistas, com formação adequada e conhecendo as particularidades da população de cada microrregião brasileira, estão aptos para suspeitar, diagnosticar e tratar o problema”, ressalta.
Serviço:
Hospital Erasto Gaertner
R. Dr. Ovande do Amaral, 201 – Jardim das Américas
CEP 81.520-060 – Curitiba/PR
Telefone: (41) 3361-5000
www.erastogaertner.com.br