Participantes da Comissão Geral que discutiu o financiamento da saúde na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (8), afirmaram que somente com a aplicação de 10% da receita corrente bruta da União no Sistema Único de Saúde (SUS) será possível resolver os problemas do setor. As informações são do site do Portal CFM.
Especialistas e deputados reivindicam a aprovação ? em caráter de urgência – do projeto de iniciativa popular (PLP 321/13) que prevê essa destinação. A proposta nasceu de iniciativa do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública,Saúde+10, com participação de mais de 100 entidades, entre elas, o Conselho Federal de Medicina (CFM). O grupo conseguiu 2,2 milhões de assinatura para o projeto.
Segundo o portal, o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, ressaltou na Tribuna da Câmara que o projeto popular ainda não recebeu a importância merecida.
Na Câmara
Ainda de acordo com o portal, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reafirmou seu apoio a iniciativas e propostas que visem aumentar os recursos para o financiamento da saúde pública. Ele disse que são urgentes mudanças no SUS que permitam oferecer um ?atendimento de qualidade e com dignidade?.
Segundo o parlamentar, apesar dos incrementos observados no financiamento da saúde nos últimos anos, os recursos continuam insuficientes para garantir a universalidade e a integralidade do SUS.
Dados apurados pelo CFM mostram que, nos últimos 13 anos (2001 a 2013), foram autorizados R$ 80,5 bilhões específicos para o setor saúde. No entanto, apenas R$ 33 bilhões foram efetivamente gastos e outros R$ 47,5 bilhões deixaram de ser investidos.Ou seja, de cada R$ 10 previstos para a melhoria da infraestrutura em saúde, R$ 6 deixaram de ser aplicados.
Na Câmara, CFM defende PL Saúde +10
Especialistas e deputados reivindicam aprovação urgente do PLP 321/13, que prevê destinação de 10% da receita corrente bruta da União para o SUS
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