Aumentar o faturamento e o número de clientes são os objetivos da MV Sistemas, empresa brasileira fornecedora de sistemas de gestão hospitalar, que acaba de lançar o MV2000i. A plataforma tem entre as novidades ferramentas de captação, tratamento e armazenamento de imagens médicas que ficam disponíveis na rede do hospital e na Internet.
As inovações na área de imagem fazem parte do módulo MV PACs e outras novidades são o MV Custos e o MV Portal, que integram o novo pacote MV2000i. Na versão Pacs é possível realizar o tratamento de cor, luz ou contraste de qualquer imagem capturada que ficam armazenadas na rede do hospital e também podem ser acessadas pela Web. “Existem ferramentas de segurança que garantem acesso exclusivo aos profissionais certificados”, garante o presidente da MV Sistemas, Paulo Magnus.
Além da redução de custos com filmes, o Pacs também tem como característica rodar em plataforma aberta, ou seja, interagir com qualquer hardware de imagem utilizado pelo hospital.
Já a promessa do MV Custos é automatizar as finanças do hospital, permitindo o rastreamento tanto dos custos quanto das receitas, pois da internação até a alta todos os atendimentos realizados na instituição podem ser informados em tempo real. “Existe uma crença muito grande que a área de faturamento é a de maior complexidade na gestão de um hospital. Ao automatizar o processo de custos, é mais fácil e confiável saber qual é o valor exato de cada procedimento”, explica Magnus.
Já o módulo Portal reúne tecnologias de data warehouse e Business Intelligence, que têm o objetivo fornecer informações aos administradores para a tomada de decisões.
Usuário do sistema de gestão desde 2002, a diretora do Hospital 9 de Julho, May Ganme Cividanes, conta que a rotina de administração mudou completamente após a implementação de um sistema de gestão. Com os dados em mãos, o hospital, descobriu, por exemplo, que a área semi-intensiva vinha dando prejuízo e tinha duas saídas: aumentar a tabela junto aos convênios ou fechar. “Mostramos os dados aos convênios, todos eles optaram em alterar a tabela e continuamos com o serviço”, lembra a administradora.
Com esse novo produto e com a estratégia de ampliar a atuação em Estados como Paraná, Santa Catarina e região Centro-Oeste, a MV, que investiu US$ 7 milhões no desenvolvimento de produtos nos últimos anos, pretende faturar R$ 18 milhões em 2003, contra os R$ 12 milhões do ano passado e conquistar 50 novos clientes em todo o Brasil. “Na Hospitalar 2003 já estaremos anunciando alguns destes novos contratos”, revela Magnus.
O maior desafio para o executivo é mostrar aos administadores hospitalares a importância do uso da tecnologia da informação dentro das instituições. É muito mais fácil aprovar a compra de um tomógrafo do que de uma ferramenta de TI. Prova disso é que menos de 10% dos 7 mil hospitais brasileiros estão atualizados tecnologicamente. “Mas acreditamos em uma mudança de mentalidade dentro de cinco anos, pois os hospitais estão percebendo que não dá para ficar sem tecnologia”, conclui.