Hoje, mais do que nunca, o compartilhamento de recursos é uma atitude obrigatória nas empresas e até entre concorrentes. A colaboração também marca o século XXI. Dentro dos sites de relacionamento pessoas ajudam umas às outras pelo simples fato de contribuir para uma causa.
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Quando comparamos nosso setor (o de Saúde) com outros mais equalizados como o Bancário, percebemos que ainda engatinhamos. As regras começaram há pouco tempo… a fiscalização é falha e na maioria das vezes penaliza quem segue a cartilha… as informações e os números não são confiáveis porque as empresas vêem tudo como informação estratégica e sigilosa. Outro fato corriqueiro é quando um hospital compra um aparelho de última geração e o concorrente, para não ficar para trás, compra outro igual sem saber se haverá ROI (retorno sobre o investimento) ou mesmo utilização.
Questões:
– Existem mais aparelhos de ressonância magnética na região Avenida Paulista do que no Canadá.
– Falta de informações sobre números e casos de Home Care.
– Gestores despreparados no quesito estratégia.
– O serviço de Atendimento Pré-hospitalar Domiciliar, das operadoras de saúde, que tinha como objetivo a otimização dos recursos de urgência emergência e triagem dos casos, hoje virou custo e desaparceu pelas planilhas das empresas.
– Os famosos “pedágios” dentro da venda de próteses e materiais de alto custo.
– Inflação de mat-med (materiais e medicamentos).
– Problemas com a falta de ambulâncias Neo Natal e Psiquiátrica.
– Alguns prestadores ministram o medicamento genérico e cobram como sendo medicamento ético.
– Operadoras que utilizam a glosa linear no prestador e o prestador superfatura a conta do paciente por saber dessa artimanha.
– Problemas de atrasos e negativas na logística de pacientes nas operadoras verticalizadas.
Atitudes simples podem ser tomadas:
– Compartilhamento de compras e serviços. Centralizar a compra de material e medicamento comuns entre hospitais. Os supermercados menores criaram uma central de compras a nível nacional para concorrer com os hipermercados.
– A compra do serviço de remoção neo natal e psiquiátrica em bloco para dar volume ao prestador. Nos Estados Unidos, a United Health Care compartilha/vende informações do banco de dados para outras operadoras de planos de saúde concorrentes.
– Inclusão de disciplina de administração e gestão nas faculdades de medicina. Mesmo que o profissional tenha que administrar o próprio consultório essas noções contribuiriam para o dia-a-dia.
– Comitês inter-empresas de assuntos e problemas comuns a todos. Utilização de redes sociais de saúde para compartilhamento, colaboração e solução de problemas.
– Transformar a demanda aleatória das remoções em trajetos programados, acordos de simultaneidade e quantidade mínima diária de atendimentos com a finalidade de otimizar o dimensionamento de equipes e veículos do prestador.
Obviamente as atitudes simples nem sempre são fáceis. Exigem raciocínio, mudança de paradigmas e motivação.
*Paulo Purchio é sócio da APS Consultoria e Administração de Serviços de Saúde LTDA, Pós Graduado em MKT na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), MBA USP e Especialista em Estratégias de Relacionamento no Mercado da Saúde.
**As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação
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