Doenças do trato urinário atingem mais mulheres do que homens, mas na hora de procurar assistência poucas sabem que o urologista é o especialista indicado. “No Brasil, ele ainda é erroneamente associado ao médico que cuida do aparelho reprodutor masculino, como é o ginecologista para a mulher. Na verdade, cabe ao especialista tratar do aparelho urinário masculino e feminino, além do genital masculino”, explica o urologista Ricardo Monteiro, do Programa Total Care, da Amil Brasília. A incontinência urinária, por exemplo, é uma das doenças urológicas que mais atingem mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 20% da população feminina brasileira apresentam o distúrbio, que é caracterizado pela perda involuntária da urina. Após os 50 anos, a incidência sobe: cerca de 50% das mulheres sofrem de algum grau de incontinência.“Os principais fatores de risco são: questões anatômicas, idade, multiparidade (vários partos), obesidade, sedentarismo e tabagismo”, explica Dr. Ricardo. O tratamento inicial não é feito por cirurgia, como muitos acreditam. Indica-se a fisioterapia urogenital – tratamento clínico que pode ou não ser acompanhado da prescrição de medicamentos. “A definição da conduta terapêutica depende da avaliação clínica da paciente, seu histórico clínico e do resultado do estudo urodinâmico, que é o exame que indica a causa da incontinência”, elucida o médico.