Pacientes que venceram o câncer, mas não receberam aconselhamento médico apropriado sobre as opções terapêuticas para preservar sua fertilidade, antes de iniciar seu tratamento oncológico, geralmente, tendem a lamentar tal fato, a longo prazo, e a apresentar uma insatisfação maior com a vida, em comparação com aquelas que receberam o aconselhamento sobre a preservação da fertilidade. Os dados fazem parte de uma pesquisa apresentada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Francisco, durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. Para realizar o trabalho, os cientistas entrevistaram 918 pacientes do sexo feminino em tratamento de câncer com potencial de afetar adversamente sua fertilidade, como a quimioterapia sistêmica e / ou radiação no abdômen ou na pélvis. Os dados desta pesquisa americana são muito relevantes, pois os resultados indicam que se as pacientes têm um papel ativo na decisão de preservar sua fertilidade e sua qualidade de vida, após o tratamento de câncer. Quando as pacientes podem optar por preservarem sua fertilidade, sua qualidade de vida pós-câncer é maior e os níveis de arrependimento são menores.

Prof° Dr° Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica GERA.

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