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O ano é 1997, muitos de nós ainda estamos utilizando buscadores como cade.com.br, Altavista.com, yahoo.com e outros. Sem fazer muito alarde um gigante começa a surgir e dominar o mercado de buscas na internet.
O Google surge a partir de um sonho de 2 jovens americanos (Serguei Brin e Larry Page), que abandonaram Stanford para criar uma ferramenta de buscas mais inteligente e baseada em pagerank chamada Backhub, em 1993.
Com o passar dos anos e o acompanhando o usuário da internet, o Google lançou o ZMOT (Zero Moment of Truth) em 2012. Trata-se de um estudo do comportamento de compra pela internet, que tem revolucionado diversos setores econômicos.
Ao analisar exaustivamente o BigData, empresas como Google, Amazon e Facebook conseguem encontrar padrões de comportamento que os possibilita criar ferramentas preditivas. Um dos último exemplos a se tornar público foi a patente registrada pela Amazon, onde a empresa envia mercadorias antes mesmo que o usuário clique no botão comprar, baseado na análise do seu comportamento online.
Abaixo, um “rascunho” do caminho que essas empresas estão traçando no campo preditivo:
[youtube]http://youtu.be/ElubRNRIUg4[/youtube]
Imagine que o Google possa analisar o padrão do Paulo (personagem fictício) de encomendar pizza delivery 3 ou 4 vezes na semana. Além disso, Paulo nunca pesquisou o preço de uma academia, ou qualquer outro tipo de atividade física, e ainda passa mais de 6-7 horas na internet todo dia. Inclusive uma de suas últimas pesquisas foi sobre chicletes de nicotina (utilizado por pessoas que querem parar de fumar).
Ao unirmos os dados dessa história e muitos outros detectados hoje pelo Google, não é muito difícil imaginarmos que Paulo provavelmente é uma pessoa sedentária, e que associado a seu hábito de entrar em sites voltados a 40+, está à beira de desenvolver uma doença crônica como diabetes ou hipertensão, já que apresenta diversos fatores de risco denunciados no mundo online.
Qual o impacto de se ter uma informação como essa, de que Paulo é sério candidato para desenvolver uma doença crônica, se é que já não a tem? Governos poderiam criar campanhas de prevenção com maior acurácia, profissionais de saúde poderiam auxiliar na mudança de hábitos com mais eficiência, Paulo teria mais consciência sobre sua saúde etc. Sabemos que um dos custos mais elevados da saúde é o das doenças crônicas.
Esse tipo de raciocínio já é utilizado em diversas áreas de atuação, em diversos setores e com as mais inúmeras finalidades, por que não começar a usa-lo na saúde?
Acompanhe os outros capítulos da série:
Capítulo 1/7 – Google.com – mapeando o comportamento do ser humano
Capítulo 2/7 – Devices do Google – monitoramento 24/7 dos comportamentos e hábitos humanos
Capítulo 3/7 – DeepMind – desenvolvendo a Inteligência Artificial
Capítulo 3/7 – DeepMind – desenvolvendo a Inteligência Artificial
Capítulo 4/7 – D-Wave – o uso da Computação Quântica
Capítulo 5/7 – Boston Dynamics – pioneirismo na robótica
Capítulo 6/7 – Project Loon – a democratização da Internet
Capítulo 7/7 – Calico – amarrando as tecnologias Google