O Hospital Moinhos de Vento (HMV), de Porto Alegre (RS), planeja investir R$ 1,5 milhão na implementação de soluções automatizadas para armazenagem de seus estoques farmacêuticos. O montante faz parte da primeira etapa do projeto.

Em abril deste ano, a instituição automatizou a farmácia do centro obstétrico por meio de um dispensário eletrônico, formado por um conjunto de armários rotativos com gavetas controladas pela digital do usuário – o profissional técnico ou enfermeiro.

“O processo de medicação ficou mais confiável e seguro agora. A máquina abre apenas o compartimento necessário. O profissional confere o código e já efetua o lançamento na conta do paciente. Conseguimos rastrear tudo por meio da integração com nossa rede de informática, desde o horário da retirada, quantidade, até o lote”, explicou a supervisora da farmácia do HMV, Shirley Frosi.

De acordo Shirley, foi observada uma redução de até 30% nos custos relacionados ao controle do estoque. Segundo ela, o controle de validade, índice de desperdício e erros de manipulação foram otimizados. A estimativa é de uma diminuição de até 20% na devolução de medicamentos, ou seja, aqueles remédios que não foram utilizados por determinado paciente.

Em andamento

Além do dispensário eletrônico no centro obstétrico, até o final do ano, serão colocados outros cinco, distribuídos na CTI Neonatal, CTI pediátrica, Unidade de Internação aberta (neurologia), na urgência obstétrica e na internação da nova maternidade. Os equipamentos são importados dos Estados Unidos e da Espanha e custam, em média, R$ 300 mil.

A farmácia central do Moinhos de Vento contará com duas outras soluções de maior porte. Serão instalados armários rotativos verticais, chamados de Carrosel. O equipamento é composto de bandejas rotativas que possibilitam gerenciar pedidos ao estoque, agilizando o processo de separação das prescrições.

De acordo com a supervisora, no processo manual uma prescrição levava em média 10 minutos para ser separada e conferida, agora o tempo por procedimento poderá ser reduzido para até três minutos.

Segunda etapa

Para 2011, a entidade, que possui 338 leitos, planeja automatizar todos os estoques do hospital, incluindo unidades de internação e área de emergência. Ao todo serão mais nove.

Ainda segundo Shirley, a instituição espera obter o retorno do investimento em, no máximo, dois anos. “No longo prazo o investimento compensa, pois é positivo tanto para o paciente quanto para o hospital. Tudo isso está sendo feito para garantir maior segurança no processos das farmácias”, disse.

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