O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu na última terça-feira (28) a regulamentação da formação de profissionais de saúde. Segundo ele, o tema ?estruturante? enfrentará ainda mais resistência do que a contratação de médicos estrangeiros para atuar na atenção básica, a partir do Programa Mais Médicos. ?É o debate mais importante, e talvez o mais polêmico de todos eles. Aquilo que no fundo, no fundo, é a essência de toda a resistência?, ressaltou, antes de participar de um debate sobre o tema na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no centro de São Paulo.
De acordo com o ministro, as mudanças são fundamentais para que a oferta de profissionais de saúde se ajuste às demandas da sociedade. ?O Brasil vai passar a regular a formação em saúde. Foi exatamente o que o Brasil não fez, e que todos os países, após a Segunda Guerra Mundial, passaram a fazer de uma forma muito clara; e fez com que a gente chegasse a essa situação?, disse sobre a falta de profissionais na atenção básica e em algumas especialidades.
Durante sua explanação, Chioro disse que até 2017 o país pretende abrir 11,5 mil vagas em faculdades de medicina, grande parte em parceria com o setor privado. A meta é aumentar de 374 mil para 600 mil o número de médicos atuando no Brasil até 2026. Serão abertas ainda, segundo o ministro, 12,4 mil vagas em residência, que serão planejadas ?de forma transparente?.
Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também presente, o programa tem sofrido ataques ideológicos. Na opinião dele, os questionamentos trabalhistas, por exemplo, são resolvidos a partir do entendimento já aplicado em outros tipos de contratação. ?Eu acredito que essa questão trabalhista passa por uma compreensão do que é esse processo, essa relação serviço/ensino. O ensino em serviço, que tem no processo de residência médica, em vários serviços de estágio, muito usados em sistemas de aprendizado técnico?.
Ministro defende regulamentação da formação de profissionais de saúde
Para Chioro as mudanças são fundamentais para que a oferta de profissionais se ajuste às demandas da sociedade
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